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Alunos são suspeitos de queimar costas de colegas com produtos químicos como forma de trote em universidade

Quatro suspeitos foram presos e a polícia desconfia que houve participação de mais estudantes no trote.

Alunos são suspeitos de queimar costas de colegas com produtos químicos como forma de trote em universidade. (Reprodução/UFPR)

Com a possibilidade de expulsão da instituição de ensino, estudantes de medicina veterinária são suspeitos de atirar produtos químicos e queimar corpo de cerca de 19 calouros. Os alunos são da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e estudam no campus de Palotina, a quase 600 km de Curitiba. Informações são do portal UOL Notícias.

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De acordo com o portal, quatro dos estudantes de medicina que protagonizaram o trote estão presos desde ontem (31).

Os alunos teriam confessado jogarem creolina durante um trote nos recém-chegados à universidade. A polícia não descarta a participação de mais envolvidos no ocorrido. O caso teve registro na quarta-feira (30) à noite, em um terreno baldio em frente à instituição.

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Yara Moretto, diretora do Campus da UFPR, contou ao UOL que a previsão inicial da investigação é de 60 dias, mas é esperado que a decisão chegue o quanto antes.

“Já abrimos um processo administrativo interno. Vamos averiguar a conduta desses acadêmicos e o que levou a praticar esse ato tão indignante. A expulsão não está descartada e essa é a punição mais severa da Federal. Eles serão julgados, com direito a ampla defesa, e a penalidade será aplicada. Em outra frente, estamos acolhendo as vítimas e prestando apoio neste momento difícil”, relatou a diretora.

Andamento do caso

Nesta sexta-feira (1), as 19 vítimas realizaram um exame do corpo de delito no Instituto Médico Legal da cidade, que será importante para agregar nas investigações. Os quatro estudantes continuam presos na delegacia até que a decisão da Justiça seja tomada.

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O delegado responsável pelas investigações relatou ao UOL que aguardam manifestação do juiz sobre o ocorrido.

“São duas moças e dois moços com idades 21 e 23 anos. Todos são do curso de veterinária. Eles foram indiciados por lesão corporal de natureza grave, já que uma das alunas chegou a ficar internada por um dia e, também, constrangimento ilegal, sem sujeito a fiança. O inquérito já foi aberto e aguardamos a manifestação do juiz sobre o caso”, disse.

De acordo com a instituição de ensino, não havia conhecimento sobre a organização do trote, sendo este um caso isolado e infeliz.

“Já faz muito tempo que banimos o trote violento. Antes, isso era muito frequente por aqui. Incentivamos uma recepção organizada e festiva”, diz a responsável pela universidade.

Não temos nada a ver com organização desse trote infeliz. Estamos indignados”, finaliza.

A UFPR informou que todas as vítimas terão atendimento prestado por dermatologistas do Campus de Toledo, localizado a 60 km de distância de Palotina.

A universidade também estabelece contato com as famílias das vítimas, uma vez que algumas delas não são da cidade.

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