O alto comando das empresas brasileiras ainda tem baixa representatividade de mulheres e negros na liderança de suas operações. É o que revela estudo realizado pela Page Executive, unidade de negócio do PageGroup especializada em recrutamento e seleção de executivos para alta direção, em parceria com a Fundação Dom Cabral. De acordo com a pesquisa Trajetória de CEOs no Brasil, uma em cada 10 mulheres ou negros ocupa a posição de CEO no País.
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Os dados obtidos no estudo foram coletados por meio de formulário de pesquisa aplicado no segundo trimestre de 2021 com 149 CEOs ativos de empresas brasileiras de diversos setores da economia como Indústria, Finanças, Saúde, Tecnologia, Transportes, Engenharia e Arquitetura, Agronegócio, Minas e Energia, Alimentos, entre outros.
Somente 8% dos respondentes são mulheres e 89% dos profissionais se identificaram como brancos. Além disso, os times que trabalham direto com CEOs são, em geral, pequenos e também pouco diversos: 70% deles têm até 20 pessoas. Em 80% dos casos menos da metade das pessoas que se reportam ao CEO são mulheres.
A baixa presença de mulheres no pipeline de liderança dificulta a sucessão para a posição de CEO. Com volumes equiparados entre homens e mulheres na base da pirâmide organizacional, as mulheres avançam para os níveis de primeira gestão e a representatividade vai perdendo força nos cargos de média liderança.
Confira o Raio-X da CEO no Brasil:
• Branca
• Brasileira
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• Entre 41 e 60 anos de idade
• Tem graduação nas áreas de negócios ou engenharia
• Possui especialização, MBA, mestrado profissional ou outra pós-graduação lato sensu
• Trabalha em São Paulo
• Responde pela operação no Brasil
• Tem entre 5 e 20 pessoas reportando diretamente, sendo que há uma tendência maior de haver outras mulheres reportando diretamente.
• Levou pelo menos 10 anos para se tornar CEO pela primeira vez
• Não teve uma experiência de trabalho fora do Brasil
As CEOs respondentes da pesquisa têm, em média, 49 anos, sendo a mais jovem com 41 anos e a mais longeva com 60 anos. Todas se identificam como brancas e 92% trabalham em empresas com sede na capital paulista.
Suas formações acadêmicas são equivalentes às dos CEOs homens, sendo que 38% possuem graduação em Administração de Empresas; 31% em Engenharias e 77% possuem especialização, MBA, mestrado profissional ou outra pós-graduação lato sensu. No entanto, 69% nunca atuaram em uma posição fora do Brasil.