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Escola suspende aulas após ‘Novo Lázaro’ ser visto em Mocambinho, Goiás

Morador diz ter dado carona ao suspeito de matar três; megaoperação policial continua buscas em cidades no Entorno do DF

Caseiro Wanderson Protácio é suspeito de matar três pessoas em Corumbá de Goiás

A polícia continua as buscas pelo caseiro Wanderson Protácio, de 21 anos, suspeito de matar três pessoas em Corumbá de Goiás. Nesta sexta-feira (3), as aulas na escola municipal de Mocambinho, um povoado de Gameleira de Goiás, foram suspensas depois que um morador disse ter visto na região o fugitivo, que recebeu o apelido de “Novo Lázaro”, em alusão ao assassino em série morto em junho deste ano.

Com medo, a diretora da unidade, Divina Ângela, preferiu liberar os 240 alunos hoje. Apesar da apreensão, o caseiro ainda não tinha sido localizado até o início desta noite.

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O morador de Mocambinho que afirma ter visto o caseiro, que preferiu não se identificar, disse em entrevista à TV Anhanguera, afiliada da TV Globo em Goiás, ter certeza de que deu carona para Wanderson, na quinta-feira (2). Porém, só durante o trajeto percebeu que se tratava do suspeito.

“Eu parei e falei para ele: ‘onde que você está indo?’ Ele respondeu ‘por aí’. Falei que daria uma carona até mais à frente. Meu retrovisor é alto assim, eu olhei, falei: ‘tá idêntico demais, esse cara pode ser’. Foi a hora que me veio aquela adrenalina de ficar nervoso” , disse o morador.

“Na hora que eu vi eu já falei que era ele mesmo. Quando eu cheguei lá embaixo teve uma menina aqui e mostrou a foto para mim. E eu falei é ele e está aí na frente aqui. Aí ela: ‘vou ligar pra polícia’ eu disse que poderia ligar que era ele”, reforçou o homem.

O caso foi informado às forças policiais, que continuam as buscas tanto na região de Gameleira de Goiás, quanto em Abadiânia, Alexânia, Corumbá de Goiás e em outras cidades do Entorno do Distrito Federal.

Os crimes

Wanderson está foragido desde o último domingo (28), quando os crimes foram cometidos. As vítimas são a mulher dele, Ranieri Aranha, de 19 anos, que estava grávida de quatro meses; a enteada Geysa Aranha, de 1 ano e oito meses; e o fazendeiro Roberto Clemente, de 73 anos.

Segundo a investigação, o caseiro procurou o patrão na tarde de domingo, dizendo que a esposa estava passando mal. Assim, ele foi até a casa em que estava a mulher para prestar socorro. Enquanto isso, Wanderson aproveitou para invadir a casa e furtar um revólver calibre 38.

De posse da arma, ele foi até a casa de Clemente e o matou com um tiro. Depois, tentou estuprar a esposa da vítima, que conseguiu fugir, mas foi baleada no ombro. A mulher foi socorrida e está fora de perigo.

Em seguida, o suspeito roubou a caminhonete do fazendeiro e fugiu. Na casa de Wanderson, foram encontrados os corpos da esposa e da enteada dele, ambas mortas a facadas.

A caminhonete foi abandonada na GO-225, ainda em Corumbá de Goiás, após sair da pista.

Viagem de taxi

Um taxista, que não teve a identidade revelada, foi o responsável por levar Wanderson da cidade de Alexânia para Abadiânia na última segunda-feira (29).

O caseiro chegou à rodoviária, comprou uma passagem para Goiânia, mas acabou decidindo ir de táxi até a cidade vizinha.

Ao Metrópole, o taxista que fez a viagem com o criminoso contou que não suspeitava do passageiro. Durante o trajeto, porém, ele recebeu várias mensagens pelo WhatsApp de um amigo alertando sobre o bandido que estava à solta, mas só foi abriu o aplicativo depois que o deixou na rodoviária. Quando viu a foto, reconheceu o rapaz e entrou em choque.

Sabe-se ainda que, na madrugada de quarta-feira (1º), um fazendeiro trocou tiros com o caseiro em uma chácara que fica em Abadiânia. De acordo com a PM, o fazendeiro foi surpreendido por dois tiros em sua chácara, sendo que um atingiu uma caminhonete, e ele revidou. O homem não foi ferido.

Antecedentes criminais

O caseiro já foi preso por tentar matar uma ex-mulher a facadas, em Goianápolis, em 2019. Na ocasião, ele atingiu a mulher nas costas até que a faca se quebrasse em três partes.

A vítima sobreviveu e Wanderson, que na época tinha 18 anos, cumpriu pena até março deste ano, quando foi solto.

Ao narrar os fatos para o juiz, ele riu e afirmou que não se lembrava do ocorrido, pois havia feito uso de drogas e álcool.

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