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Avenida Paulista tem manifestantes contra Bolsonaro, barracas de sindicatos e partidos de oposição

Atos pelo país reclamam da disparada da inflação, fome e desemprego.

Manifestantes protestam contra Bolsonaro na Avenida Paulista

Duas horas antes do horário previsto para o início da manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, ao menos quatro barracas ligadas a partidos de esquerda e sindicatos já foram montadas na altura do Masp, onde deve haver maior concentração de manifestantes.

Estão presentes também vendedores de bandeiras e camisetas em apoio a presidenciáveis, como o pedetista Ciro Gomes e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT.

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Do alto de um carro de som com bandeiras da CUT, parado próximo ao MASP, um integrante da organização do protesto contra o presidente Jair Bolsonaro convocou os presentes a se concentrarem numa mesma quadra da Avenida Paulista. Sua fala teve início pontualmente às 13h, horário que era previsto para começar a concentração. A expectativa, segundo ele, é que o ato saia do museu por volta das 14h.

Enquanto isso, os organizadores fazem um «esquenta» para o protesto, entoando músicas que mencionam a classe trabalhadora e sucessos da MPB, como «Ai que Saudade Docê». «Bem-vindos e bem-vindas à Avenida Paulista, que hoje é do povo», disse.

Todas as faixas nos dois sentidos em frente ao Masp estão ocupadas por manifestantes e a Avenida já foi fechada para carros. Apesar disso, ainda é pequena a quantidade de pessoas em volta do carro de som.

Rio de Janeiro

Lideranças do PDT, PSOL, PSB, PT, PCB e PV discursaram no início da tarde deste sábado nos atos contra o presidente Jair Bolsonaro realizados na Cinelândia, centro do Rio. Impeachment, preço dos combustíveis, fome, violência, desmonte de direitos e ataques às liberdades foram os eixos centrais das falas, que destacaram a superação das diferenças para derrotar Bolsonaro.

O pedetista Ciro Gomes, único presidenciável a comparecer ao ato no Rio, disse que é preciso pressionar o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para fazer o impeachment avançar. «Precisamos tirar Arthur Lira da inércia. Isso só vai acontecer com luta, com nosso povo organizado, deixando nossas diferenças para depois», disse. Lira nunca decidiu sobre os mais de cem pedidos de impedimento do chefe do Executivo que chegaram à Casa.

A deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) criticou as fake news e ressaltou a importância da união para vencer Bolsonaro. «Eles querem mais uma vez impedir que a esquerda avance, e a nossa unidade é muito importante. Nós não somos todos iguais, temos as nossas diferenças, mas elas não podem ser maiores do que aturar um fascista no governo. É na rua que a gente derruba o Bolsonaro», afirmou.

O líder da oposição na Câmara, deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ), também defendeu que o desafio da esquerda é maior do que as diferenças que a separam. «Não é hora de colocarmos as disputas menores, antes de derrubarmos Bolsonaro. … Vamos derrotar Bolsonaro, seja num impeachment agora, seja nas eleições em 2022», afirmou.

A deputada federal Talíria Petrone, líder do PSOL na Câmara, criticou a condução da crise sanitária e relembrou que metade da população voltou a enfrentar insegurança alimentar durante a pandemia. «Não tenho dúvida de que nós vamos atravessar esse momento. Porque se é verdade que o Brasil foi forjado na violência, também é verdade que o nosso país foi forjado na resistência popular, e é essa resistência que vai tirar Jair Bolsonaro do poder», acrescentou.

Algumas dessas lideranças devem se unir aos atos em São Paulo, na Avenida Paulista, na parte da tarde. Os protestos deste sábado, vinculados originalmente às legendas de esquerda e que buscam ampliar a participação dos setores de oposição, estão previstos em 305 cidades de todos os Estados e do Distrito Federal, além de 18 países. O principal foco das manifestações passou a ser a crise econômica e temas como a disparada da inflação e o desemprego.

Belém

O ato em Belém reuniu milhares de pessoas nas ruas do centro da cidade na manhã deste sábado, 2. A concentração ocorreu no Mercado de São Brás, às 8h, de onde os militantes seguiram em marcha rumo à Praça da República. Uma faixa com 60 metros de extensão e os dizeres “Pela Amazônia, Educação Pública e SUS: Não a Reforma Administrativa”, confeccionada pelos sindicatos ADUFPA, Sinditifes e Sinasefe, foi estendida durante ao longo da Avenida José Malcher, que ficou tomada pelos manifestantes.

O ato deste sábado teve participação expressiva do público, em comparação com as edições anteriores. Segundo estimativa dos órgãos de segurança pública, cerca de 7 mil pessoas compareceram ao ato. Além de exigir o cancelamento da Reforma Administrativa, representantes de centrais sindicais, sindicatos, movimentos sociais e populares e partidos da esquerda reafirmaram seu posicionamento em defesa da vida e pelo Fora Bolsonaro.

“As pessoas estão numa situação de fome, de miséria e não tem como seguir com um presidente que não prioriza o trabalhador a trabalhadora, pelo contrário, quer que o trabalhador pague por essa crise, quer aprovar a PEC 32, que acaba com os direitos do trabalhador e com os serviços públicos. Esse 2 de outubro é uma data importante, pois mostra a unidade das forças contra o governo Bolsonaro”, disse a vice-líder do PSOL, deputada Vivi Reis.

Apesar da aglomeração, a maioria dos manifestantes usava máscaras. Também foi possível observar a distribuição dos equipamentos e, a todo o momento, organizadores do ato alertavam para a necessidade de manter as medidas de segurança contra a covid-19.

Além de Belém, foram realizados no Estado atos nos municípios de Ananindeua, Altamira, Bragança e Santarém.

Campo Grande

Com baixa adesão, o protesto contra o presidente Jair Bolsonaro reuniu representantes de sindicatos e partidos da oposição na Praça do Rádio Clube, em Campo Grande (MS), na manhã deste sábado, 2. A Polícia Militar acompanhou todo trajeto da manifestação que percorreu as principais vias do centro da cidade, entre a avenida Afonso Pena, e as ruas 14 de Julho e Barão do Rio Branco. O ato foi encerrado no retorno à praça.

Além do impeachment de Bolsonaro, o protesto cobrou mais comida, emprego e renda para a população. «Vamos fazer protestos até conseguirmos aumentar a mobilização», afirmou o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Mato Grosso do Sul, Vilson Gimenes Gregório. A maioria dos manifestantes protestou também contra o comportamento do presidente na pandemia: o fato de não usar máscaras e participar de aglomerações, minimizando os riscos da covid-19. Sob gritos de «Fora Bolsonaro», o grupo ainda empunhava bandeiras e cartazes contra o presidente.

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