O Ministério da Saúde e o governo de São Paulo deram uma demonstração de entendimento e abriram a possibilidade de encerrar a disputa sobre o repasse de doses de vacinas contra a covid-19.
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A pasta federal prometeu ontem encaminhar 50 mil doses do imunizante da Pfizer para São Paulo e afirmou que fará mais entregas até o fim da semana, devendo chegar a 228 mil unidades.
Esse é o número de vacinas que o governo João Doria (PSDB) reclama que deixou de receber do ministério na última entrega de doses da Pfizer ao estado. A subtração teria sido provocada por um corte de 50% na cota paulista do PNI (Plano Nacional de Imunizações).
A acusação foi feita na semana passada pelo estado, com ameaças de levar o caso à Justiça se as doses restantes não fossem entregues.
O aumento dos estoques da Pfizer neste momento é fundamental para a manutenção do calendário de vacinação do estado e também para permitir a entrada dos adolescentes de 12 a 17 anos na campanha.
A expectativa é de que este público comece a ser vacinado no próximo dia 18, começando pelos jovens dos grupos de risco. A vacina da Pfizer é, até aqui, a única com autorização da Anvisa para ser aplicada nos jovens.
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Briga continua
A entrega das 228 mil doses ainda não encerra a disputa entre o ministério e o estado sobre os imunizantes.
Depois de ser acusado de reter as vacinas de São Paulo, a pasta federal afirmou que não havia prejuízo nenhum e que o estado estava recebendo menos doses por conta de uma compensação – já que teria ficado com mais lotes da CoronaVac do que teria por direito em outras entregas.
O ministério diz que essa conta ainda precisa ser ajustada. O governo de São Paulo nega que tenha ficado com mais doses.