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Teste sorológico não é recomendado pós-vacina contra covid-19

Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA/Divulgação

Imunização. Especialistas afirmam que exame não é adequado para identificar anticorpos neutralizantes. Portanto, a dica é confiar na vacina e não procurar o teste para tentar comprovar a eficácia

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O debate nem sempre científico sobre a eficácia das vacinas contra a covid-19 ganhou mais um capítulo com o avanço da imunização. Muitas pessoas já vacinadas têm procurado clínicas e laboratórios para fazer testes sorológicos e descobrir se produziram anticorpos contra o coronavírus.

No entanto, especialistas alertam que os exames não são recomendados porque não foram feitos para identificar os anticorpos neutralizantes gerados pelas vacinas contra a covid-19. Por isso, algumas pessoas podem ficar decepcionadas com o resultado e achar que não estão devidamente protegidas mesmo depois de receber as duas aplicações.

Annelise Correa, patologista da SBPC/ML (Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial), explica o porquê da ineficiência dos exames sorológicos. “Os primeiros testes vieram ao mercado em maio do ano passado, antes das vacinas. Percebemos depois que eles não são adequados para a detecção de anticorpos produzidos pelos imunizantes”, afirmou.

A diretora da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), Mônica Levi, afirma que existem outros testes para indicar a presença de anticorpos no organismo. No entanto, não é recomendado fazer apenas por curiosidade.

“Interpretações erradas destes testes geram a sensação de segurança em pessoas que podem começar a se descuidar. Assim como uma frustração em pessoas cujo o teste deu negativo e que podem estar protegidas contra o coronavírus. Os testes só confundem. Se a pessoa tiver tomado as duas doses de qualquer vacina (ou aplicação única, no caso da Janssen), ela pode se considerar protegida, mas sem deixar de lado máscara e distanciamento social”, explicou Mônica.

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Portanto, a melhor forma de verificar a eficácia das vacinas é confiar nos estudos clínicos que baseiam a aprovação dos imunizantes. As quatro doses disponíveis no Brasil tem eficácia geral que varia de 50,7% a 95%.

Eficácia garantida

Veja como funcionam as vacinas aplicadas no Brasil e a eficácia de cada uma delas

• CoronaVac

Fabricantes:
Instituto Butantan e a farmacêutica chinesa Sinovac

Como funciona:
A CoronaVac é uma vacina de vírus inativado, igual ao modelo utilizado no imunizante contra a gripe, um dos mais tradicionais no mundo.

Eficácia geral contra casos sintomáticos: 50,4%

• AstraZeneca

Fabricantes:
Farmacêutica AstraZeneca e Universidade de Oxford

Como funciona:
Cientistas modificaram um adenovírus com partes do coronavírus. Ele é alterado para que não se replique no organismo e proteja contra a doença.

Eficácia geral contra casos sintomáticos: 70%

• Pfizer

Fabricantes:
Pfizer e BioNTech

Como funciona:
A Pfizer é uma vacina que funciona com RNA mensageiro. O imunizante tem uma parte do código genético do coronavírus. Quando ele entra nas células, o sistema imune cria uma resposta personalizada para ser ativada caso o coronavírus real entre no organismo.

Eficácia geral contra casos sintomáticos: 95%

• Janssen

Fabricantes:
Janssen, braço farmacêutico da empresa Johnson & Johnson

Como funciona:
Semelhante ao modelo utilizado pela AstraZeneca.

Eficácia geral contra casos sintomáticos: 69,7%

Obs: Todas são altamente eficientes contra casos moderados e graves da doença, o que diminui drasticamente as internações por covid-19 e, consequentemente, as mortes.

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