“Devido aos índices ainda elevados de casos, internações e óbitos da pandemia, o governo do estado vai seguir mais uma vez a recomendação do Centro de Contingência da Covid-19 e prorrogará a fase de transição até o dia 15 de julho.”
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Foi com essa justificativa que o governador João Doria (PSDB) anunciou ontem que a esperada flexibilização da quarentena, até então prevista para o dia 1º de julho, será mais uma vez adiada em São Paulo.
Desse modo, os comércios e serviços seguem autorizados a funcionar somente até 21h, com permissão para receber presencialmente apenas 40% da sua capacidade.
A expectativa dos setores era ver o horário do expediente ser esticado até 22h e que a taxa de ocupação de clientes passasse para 60%.
Esse avanço já estava sendo programado desde maio, mas vem sendo adiado em função do descontrole da pandemia no novo coronavírus.
A comparação entre as duas últimas semanas epidemiológicas mostra que a média diária de casos teve alta de 31% em São Paulo, passando de 13,4 mil para 17,6 mil. Já a média de óbitos por dia subiu de 528 para 582, uma alta de 10%. Somente as novas internações tiveram redução no mesmo período, de 11,5%, caindo de 2,7 mil para 2,4 mil por dia.
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Secretária de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen disse ontem que só a queda sustentada das curvas poderá permitir a flexibilização da quarentena.
Presidente do conselho paulista da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), Percival Maricato disse ao Metro Jornal que a entidade discorda da prorrogação e que vai se reunir na semana que vem para traçar um plano de reação.
“O setor está em quebradeira. É estúpido não permitir mais uma hora de funcionamento, com 60% do público. Os restaurantes seguem os protocolos e são seguros, muito mais do que a rua e o transporte público. Os que não respeitam as regras, devem ser fechados. Essa flexibilização faria muita diferença. Vamos reagir.”