A mãe de Kathlen Romeu, jovem de 24 anos que estava grávida e foi morta por um tiro em meio a uma ação policial em Lins de Vasconcelos, na zona norte do Rio de Janeiro, falou sobre as operações e ações policiais que colocam vidas em risco.
“Eles acham que qualquer vizinho é bandido, não é assim que funciona. Parem de matar gente. Eu não sei porque que minha filha morreu, mas se tem que ficar alguma lição que fique. Não tem que matar mais filho de ninguém. Mate bandido, porque a polícia treina para isso. A gente paga imposto para a polícia treinar. Quem dá tiro a esmo é bandido”, disse Jackeline de Oliveira Lopes, que se preparava para ser avó.
Dilacerada com o assassinato de Kathlen Romeu e seu bebê. Ignorada pela maior parte da mídia ontem, sua mãe Jackeline fez uma declaração que deveria ser reprisada em todos os canais, rádios, streaming, postado no perfil de todos os influenciadores "aliados". pic.twitter.com/2wnpa15Uao
— ERIKA HILTON 🏳️⚧️💉 (@ErikakHilton) June 9, 2021
A Polícia Civil com base na perícia no IML (Instituto Médico-Legal) informou que um tiro de fuzil atravessou o corpo de Kathlen enquanto ela passava pela rua com a avó. Para a investigação, a Divisão de Homicídios da Capital apreendeu 21 armas usadas pelos agentes, entre elas 12 fuzis e nove pistolas.
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De acordo com o El País, um levantamento feito pelo Instituto Fogo Cruzado revelou que 15 grávidas foram baleadas na região metropolitana do Rio de Janeiro nos últimos cinco anos.
Além de Kathlen, outras sete mulheres não resistiram aos ferimentos e morreram. Entre 10 bebês baleados quando ainda estavam na barriga das mães, apenas um deles sobreviveu.
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Uma manifestação acontece agora contra a morte da jovem designer de interiores que estava grávida de quatro meses.
URGENTE: Manifestação contra a morte da Kathlen Romeu no Lins https://t.co/8ABVtlc8SZ
— Voz das Comunidades (@vozdacomunidade) June 9, 2021