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Pesquisa revela que 1 em cada 5 pais têm filhos que abandonaram as aulas na pandemia

Dificuldade de acesso às aulas é apontado como o principal motivo de desistência

Um pesquisa da Rede Nossa São Paulo em parceria com o IPEC (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), divulgada nesta terça-feira (dia 25), revelou que 21% dos paulistanos – ou um em cada cinco – declaram que alguma criança ou adolescente pelo qual são responsáveis desistiu ou abandonou as aulas por causa da pandemia do novo coronavírus.

Dificuldade de acesso às aulas (57%), falta de equipamentos necessários (38%) e a falta de concentração (34%) são os três principais motivos da desistência ou abandono, segundo os entrevistados.

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Ainda sobre ensino remoto, 22% concordam que o acompanhamento das aulas remotas por parte de estudantes e professores foi adequado, 46% acham que foi parcialmente adequado e 24% consideram que não foi adequado.

As principais dificuldades neste contexto apontadas por mães, pais e responsáveis, em relação ao ensino remoto são a falta de internet adequada ou a velocidade da internet insuficiente, mencionada por 45% das pessoas; a dificuldade em manter os filhos concentrados e interessados durante as aulas, sendo mencionada por 39%; e a falta de equipamentos adequados, citada por 32%.

O impacto das aulas virtuais na educação é nítido: 81% dos responsáveis concordam totalmente ou em parte que estudantes tiveram dificuldade emocionais/ psicológicas durante o período de isolamento social; 79% concordam totalmente ou em parte que estudantes tiveram dificuldades com infraestrutura/ espaço; 76% concordam totalmente ou em parte que estudantes tiveram dificuldade para acessar as aulas transmitidas pela internet; 69% concordam totalmente ou em parte que estudantes tiveram dificuldades com o uso de equipamentos; 68% concordam totalmente ou em parte que estudantes tiveram dificuldades para acessar as aulas transmitidas pela TV ou rádio; 62% concordam totalmente ou em parte que os materiais didáticos e a metodologia do ensino remoto foram adequadas.

Já para alunas e alunos, o aumento da desigualdade (52%), piora no aprendizado (48%) e evasão escolar (39%) são os principais impactos da pandemia.

Para profissionais da educação, por sua vez, os principais impactos apontados são: maior desinteresse de estudantes durante a aula (45%); demissões (35%;) adoecimento/ problemas de saúde (34%); redução de salários (34%;) aumento de cobranças/ pressões (33%;) desvalorização do trabalho (31%;) e aumento de jornada de trabalho (23%).

Em relação às medidas adotadas para combater o impacto da pandemia na educação, 64% consideram que o fechamento das escolas foi uma medida adequada e 26% consideram que não foi adequada; 56% consideram que as aulas remotas foi uma medida adequada e 34% consideram que não foi adequada. Ainda, a maioria (59%) considera inadequada a retomada das aulas presenciais nas creches e escolas e 33% consideram adequada.

Sobre a retomada das aulas presenciais, 86% concordam total ou parcialmente que o risco de contágio ainda é muito alto; 84% concordam total ou parcialmente que as dificuldades de conexão com a internet impossibilitam o acompanhamento adequado das aulas; 81% concordam total ou parcialmente que as escolas não têm estrutura para garantir que as crianças e profissionais da educação não sejam contaminadas(os) durante as aulas presenciais; 77% concordam total ou parcialmente que aulas remotas têm qualidade muito inferior; e 66% concordam total ou parcialmente que estudantes em casa dificultam o trabalho de mães e pais.

A pesquisa ouviu 800 pessoas com mais de 16 anos, entre os dias 12 e 29 de abril, em todas as regiões da cidade de São Paulo.

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