O desemprego no Brasil atingiu 14,4% no trimestre encerrado em fevereiro. A informação foi divulgada na última sexta-feira (dia 30) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O número de pessoas sem trabalho bateu o recorde da série histórica, iniciada em 2012 – 14,4 milhões ao todo. Nesse cenário, empresas se propõe a tentar reduzir esse número alarmante, agindo como uma espécie de «Tinder do emprego» na busca do «match» perfeito entre empresas e candidatos.
Um exemplo é a Goowit. O serviço funciona da seguinte maneira: profissionais que estão em busca de um emprego se cadastram na plataforma e, dentro dela, têm acesso tanto a vagas disponíveis como a um teste que valida suas competências comportamentais, o que auxilia os recrutadores que buscam profissionais. Além disso, a empresa fornece um mentor de carreira virtual com base em uma inteligência artificial que direciona o caminho de estudo para o candidato de acordo com sua demanda.
«A Goowit surgiu através do incômodo ao olhar para o mercado e, de um lado ver empresas precisando de colaboradores, quebrando a cabeça para saber como achar esses melhores talentos, e de outro o desemprego cada vez mais crescente em nosso País. Nós acreditamos que existem boas vagas disponíveis no mercado e muitos profissionais aptos a assumi-las», afirma Deibson Silva, CEO e fundador da Goowit. «Por isso, criamos essa solução que conecta os dois de uma maneira qualificada, onde cumprimos o nosso propósito de não só ajudar a conseguir um emprego, mas um emprego certo para o candidato, através do ‘match’ das habilidades técnicas e comportamentais, entre diversas outras características para auxiliar na tomada de decisão dos recrutadores e no direcionamento dos candidatos.»
A empresa já viabilizou mais de 700 contratações. Os mais diversos tipos de vagas são ofertadas, porém as oportunidades se concentram no setor comercial e na nova economia, representadas nas funções de programador, copywriter e social media.
Não existe nenhum custo para o candidato acessar a plataforma e criar o seu perfil, contendo tanto suas habilidades técnicas – as chamadas hard skills – como comportamentais – soft skills. «Para as empresas, nós possuímos soluções avançadas, com tecnologias para gestão de pessoas por OKRs, competências e habilidades, onde a mesma consegue acessar uma base de dados tanto para escolha dos seus candidatos ideais como para gestão de times internos, tudo isso a um custo acessível, variando de acordo com o porte da empresa», completa Silva.
Para voltar a voar
A plataforma AirTalent também atua como ponte entre empregador e profissional, porém oferece apenas vagas do setor da aviação, bastante impactado com a pandemia.
Os candidatos podem visualizar as oportunidades, se cadastrar na plataforma e se candidatar sem custo algum. Além disso, são divulgados cursos gratuitos através de parceiros como o SEST/SENAT de Brasília e o Instituto Federal de São Paulo. E não para por aí: oferece ainda cursos de qualificação profissional dentro da aviação e a certificação SCORE, desenvolvidas pela AirTalent em parceria com a Universidade de Harvard com o objetivo de ajudar as pessoas na recolocação e desenvolvimento profissional dentro da aviação.
«Tenho 17 anos de experiência em Consultoria Aeronáutica e sempre indiquei profissionais de performance nas empresas. Ao ver muitas pessoas perdendo seus empregos durante a pandemia, coloquei em prática um projeto que tinha em mente há muito tempo: fazer um banco de dados de currículos e vagas exclusivo da aviação que as pessoas não precisassem pagar para se candidatar e nem as empresas para divulgar as vagas», explica Francisco Mendes, CEO e fundador da AirTalent.
Quarenta empresas divulgam suas oportunidades por meio do serviço da empresa atualmente. Mais de 2 mil vagas já foram diretamente preenchidas, como agente de aeroportos, mecânicos, pilotos, agentes de solo e controlador técnico de manutenção.
«Nosso papel é fomentar o mercado da aviação e ajudar no desenvolvimento de profissionais com a qualificação específica exigida. Existem muitas vagas que as empresas têm dificuldade em preencher devido à falta de formação e experiência dos profissionais», ressalta o CEO.