O Estado de São Paulo fechou a segunda metade de última década com queda de 32% no número de crianças e adolescentes mortos de forma violenta. A redução representa 238 vidas poupadas por ano. É o que revela levantamento da SSP (Secretaria de Segurança Pública) divulgado nesta terça-feira (dia 23).
De acordo com os indicadores, 611 pessoas de 0 a 19 anos foram vítimas de homicídios em 2015. Em 2020, o número baixou para 373. O pico de mortes no período foi registrado em 2016, quando ocorreram 625 homicídios de crianças e adolescentes no Estado.
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As taxas de mortalidade para cada grupo de 100 mil habitantes também mantiveram quedas nos últimos anos. Entre crianças até 14 anos, o índice era de 0,06 em 2016 e caiu para 0,02 em 2020. Entre os jovens de 15 a 19 anos, a taxa foi de 7,26 em 2016 para 4,28 em 2020, uma redução de 41%
CENÁRIO APROFUNDADO
O meio mais empregado nos homicídios contra crianças e adolescentes foi arma de fogo. O armamento foi responsável por 67,1% dos casos registrados no período. Armas brancas foram utilizadas em 12,7%; enquanto que em 18,7% das ocorrências foram aplicados outros meios.
No comparativo anual, as ocorrências de homicídio contra o público até 19 anos tiveram acréscimo de 5% de 2015 para 2016 e repetidas quedas desde então. De 2016 para 2017 a redução foi de 6%; entre 2017 e 2018 a quantidade foi 11% menor; de 2018 para 2019 foram notificados 19% de boletins a menos; e entre 2019 para 2020 o índice encolheu outros 7%.
As ocorrências de morte por intervenção policial envolvendo crianças e adolescentes caíram quase pela metade entre 2015 e 2020. No primeiro ano analisado foram registrados 253 casos de MDIP (Mortes Decorrentes de Intervenção Policial), contra 130 no último. A redução foi de 49%.