São Paulo já contabiliza 25 casos da variante brasileira de covid-19 – chamada de P1 – que surgiu em Manaus, no Amazonas. A informação foi divulgada ontem pelo secretário de Saúde do estado, Jean Gorinchteyn, em entrevista para a TV Globo.
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Das 25 infecções, 16 são autóctones, ou seja, de pessoas que não viajaram ao Amazonas ou tiveram contato com quem veio do estado. O município com o maior número de registros é Araraquara, no interior paulista, que decretou lockdown a partir de ontem por causa do aumento de casos e óbitos por covid-19. O Ministério da Saúde afirma que a variante de Manaus é até três vezes mais contagiosa.
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De acordo com Gorinchteyn, a pasta foi informada de que a presença da cepa britânica no estado, que havia sido constatada na sexta-feira, foi descartada. No entanto, o número de casos da variante brasileira registrou crescimento.
“A pesquisadora Ester Sabino [da Universidade de São Paulo] nos comunicou que três cepas que tinham sido colocadas como britânicas foram resequenciadas e se afastou a possibilidade da cepa britânica. Porém, aumentou a estatística. Nós tínhamos oito casos em Araraquara para a variante P1, do Amazonas, e elas passaram a contar como 12 casos agora. Por outro lado, isso nos deixa mais tranquilos, porque não temos duas cepas diferentes circulando, mas somente uma nova”, afirmou Gorinchteyn.
A pesquisadora explicou que as amostras foram sequenciadas utilizando uma nova técnica. “Os resultados da sexta-feira foram baseados em uma técnica nova de PCR para tipagem, mais rápida e barata. Ainda não tínhamos sequenciado os casos. Durante o final de semana, nós sequenciamos e as amostras P1 confirmaram o resultado, mas as três amostras suspeitas de B 1.1.7 [britânica] não foram confirmadas”, disse.
O secretário informou ainda que os 12 casos de Araraquara são autóctones, assim como três de Jaú e um da capital, que foi anunciado no último sábado. Dessa forma, a nova variante já está circulando em quatro municípios.