A vacina de covid-19 desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, na Rússia, apresentou 91,6% de eficácia na prevenção da doença causada pelo coronavírus, informou estudo publicado na revista científica The Lancet. A dose também preveniu 100% dos casos moderados e graves, apontou o estudo.
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Com a publicação de ontem, o imunizante Sputnik V é o quarto no mundo a ter dados da fase 3 de testes clínicos analisados por cientistas independentes. As outras doses já revisadas por cientistas não ligados ao estudos são: Oxford/AstraZeneca, Pfizer/BioNTech e Moderna.
Segundo a análise, de 19,8 mil voluntários, cerca de 14,9 mil tomaram a Sputnik V e 4,9 mil receberam o placebo. Houve 16 casos de covid-19 entre os vacinados e 62 entre os não vacinados.
A vacina russa ainda não é testada no Brasil, mas a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) analisa um pedido da farmacêutica União Química para que os ensaios da fase 3 sejam realizados aqui. O passo é importante pois a Anvisa determina que somente vacinas testadas no Brasil podem receber autorização do uso emergencial.
Se aprovada pela agência sanitária brasileira, cerca de 150 milhões de doses da Sputnik V podem ser entregues aos brasileiros até o fim do ano. A dose já possui registro definitivo na Rússia, Belarus, Argélia e Sérvia e é aplicada em uso emergencial na Argentina, Bolívia, México e Emirados Árabes Unidos.