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Caso Madalena: Pensão de mulher escravizada financiou curso de medicina; apontam auditores

Novas informações do caso de Madalena Gordiano, mantida em condições análogas à escravidão por 38 anos, revelam detalhes de como a pensão da mulher foi aplicada. Segundo informações reveladas pelos auditores que fazem a investigação, o benefício recebido ajudou a financiar um curso de medicina e a rotina da família Milagres Rigueira por um período de 17 anos.

Embora tivesse o direito de receber uma pensão de R$ 8,4 mil por ter sido casada com um ex-combatente da Segunda Guerra Mundial, Gordiano nunca teve controle sobre o manuseio desta quantia, que era movimentada na verdade por Maria das Graças Milagres Rigueira e o filho, Dalton César Milagres Rigueira.

Segundo detalhes revelados pelo Ministério Público do Trabalho  (MPT), Dalton chegou a fazer dois empréstimos em nome de Madalena, com dívida pendente de R$ 18,5 mil no Banco do Brasil, atualmente.

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O Ministério Público apontou também que a renda da família é incompatível — sem a pensão de Madalena — para manter o padrão de vida e custos fixos como pagar um imóvel financiado em uma região nobre do estado de Minas Gerais (MG) e duas mensalidades de faculdade, sendo somente uma delas na quantia de R$ 6,8 mil.

Sobre esta acusação, ela foi rebatida por Dalton, que afirma que a irmã ajuda a custear a mensalidade da universidade.

A investigação apurou também que mesmo com uma renda de R$ 11 mil, alguns integrantes da família de Dalton solicitaram e receberam o benefício do auxílio emergencial, concedido a famílias com rendas de até R$ 3.135 — equivalente a 3 salários mínimos.

Não há mais informações sobre o caso até o momento (Com UOL).

 

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