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Novo ataque a banco faz reféns em cidade no Pará

Um dia após ação no Sul, criminosos aterrorizam moradores de Cametá em assalto a agência; uma pessoa morreu e outra ficou ferida

Reprodução/Redes Sociais

Cerca de 3 mil quilômetros separam as cidades de Cametá, no interior do Pará, e Criciúma, em Santa Catarina. Seus moradores, porém, dividiram a apreensão de serem vítimas, nesta semana, de violentos ataques a banco durante a madrugada por grupos de criminosos.

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A ação mais recente teve início perto da meia-noite da terça-feira (1º), na cidade paraense a quase 150 km de Belém, capital do estado. Segundo autoridades, durou uma hora e meia.

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O método foi parecido com o praticado pela quadrilha no Sul do país, na madrugada de anteontem: muitos disparos, pessoas feitas de escudo humano e um batalhão da Polícia Militar depredado. Desta vez, um refém, identificado como Alessandro de Jesus Lopes Moraes, foi morto. Já outro homem internado após ser atingido por um tiro na perna, não tem risco de morte.

A agência alvo dos bandidos, do Banco do Brasil, ficou destruída. Segundo o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), nenhuma quantia foi levada – a quadrilha teria errado o cofre e deixado o local em seguida.

Até o fechamento desta edição, ninguém havia sido preso. O grupo fugiu em carros, abandonados próximos a um rio, onde seguiram por barcos.

Assim como em Criciúma, diversos vídeos e fotos da ação criminosa foram compartilhadas nas redes sociais. Uma delas mostra diversos reféns, em fila, sendo conduzidos para a delegacia do município. Várias das imagens contam com disparos de dezenas de tiros feitos ao céu, de forma quase ininterrupta.

O governo do Pará informa que, nos últimos quatro anos, foram registrados 51 casos similares ao de ontem, de modalidade conhecida como “vapor” ou “novo cangaço”.

Em todo o Brasil, houve ao menos 12 episódios neste ano – sendo quatro no interior de São Paulo: Ourinhos, em maio; Botucatu, em julho; e Araraquara e Galvão Peixoto, ambos em novembro.

Polícia segue procurando por suspeitos em Criciúma

O ataque a um banco em Criciúma, na madrugada de anteontem, segue sob investigação. A polícia busca identificar os suspeitos do crime – estima-se que ao menos 30 pessoas participaram da ação, usando 10 carros de luxo. Ontem, foi encontrado um galpão em Içara, cidade vizinha de Criciúma. O espaço teria sido usado para o grupo se reunir, tingir os carros de preto e iniciar o assalto. As autoridades locais trabalham com a hipótese de que os assaltantes tenham vindo de São Paulo – alguns dos veículos possuíam placas do estado e há similaridades entre o caso e assaltos anteriores a bancos no interior paulista. O valor levado pelos criminosos não foi divulgado. 

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