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Black Friday mais virtual de todos os tempos começa, com previsão de descontos menores

Pixabay

Dedos e bolso a postos para as ofertas: a Black Friday é realizada hoje com promessa de preços melhores para agradar os mais variados gostos. O aumento da familiaridade do brasileiro com as compras online por conta do isolamento durante a pandemia deve tornar esta edição uma das maiores e mais virtuais de todas.

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Mas se você esperou até agora para adquirir aquele celular ou computador novo com descontos sensacionais, pode se decepcionar. Entidades que acompanham o mercado preveem promoções bem menores por conta de um conjunto de fatores forçado pelo novo coronavírus: alta do dólar, aumento na demanda por produtos para casa e redução dos estoques das lojas (seja por receio em investir ou falta no mercado).

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“Mais do que bom preço, o consumidor procura grandes descontos. Foi isso que o varejo ensinou nos últimos anos. Mas com o dólar alto e a pressão no consumo que não era esperada, as lojas têm menos margem neste ano para descontos agressivos que cheguem a 70%”, diz o diretor de varejo da consultoria de mercado GfK, Fernando Baialuna.

O técnico da Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) Thiago Silva afirma acreditar que dificilmente os descontos aplicados na Black Friday deixem os itens com os preços praticados antes da pandemia, em janeiro. “Se você realmente precisa de um produto, como uma geladeira com problemas que necessita ser trocada, a Black Friday é uma boa oportunidade. Mas se você não tem real necessidade, talvez seja melhor aguardar para o ano que vem para encontrar preços melhores.”

Silva faz um alerta sobre os smartphones, um dos itens mais procurados e também com preço mais atrelado ao dólar. “Os tops de linha estão muito caros. É melhor optar por modelos de gerações anteriores, que também funcionam muito bem, possuem atualizações compatíveis e rodam jogos sem problemas. Eles ficam ultrapassados apenas se forem de mais de quatro gerações anteriores.”

A dica da Proteste nas compras online é pesquisar os valores ofertados em outras lojas e utilizar ferramentas que comparam a evolução dos preços no ano (como Zoom, Pelando, Buscapé e JáCotei).

Comportamento

O preço alto dos produtos deve ajudar o varejo a faturar mais nesta Black Friday em relação ao ano passado, mostra levantamento feito pela consultoria GfK. Entre maio e agosto, dois terços do aumento vieram da precificação.

De acordo com a pesquisa, 91% dos consumidores se prepararam para comprar hoje, mas 44% disseram ter menos dinheiro para gastar que em 2019. O diretor de varejo da consultoria afirma que muita gente continuará a antecipar as compras de Natal. “Acho que a Black Friday vai ser melhor porque há retorno do otimismo. O que preocupa é o varejo a partir de 1º de dezembro, com a instabilidade de uma segunda onda de covid-19 e o fim do auxílio emergencial”, diz Baialuna.

Canal recebe reclamações

O Procon-SP disponibiliza no site www.procon.sp.gov.br espaço específico para queixas durante a Black Friday. O fornecedor terá até dez dias para uma solução. Nos casos em que o consumidor não tiver interesse em comprar, mas quiser fazer uma denúncia, ele poderá acionar as redes sociais @proconsp, para Facebook e Instagram, e @proconspoficial, no Twitter.

DE OLHO NAS PROMOÇÕES

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