O Irã libertou a acadêmica australiana-britânica Kylie Moore-Gilbert, que cumpria 10 anos de prisão por espionagem, em troca de três iranianos detidos no exterior, informou a televisão pública.
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O site da emissora estatal Iribnews não deu detalhes adicionais sobre a troca, mas postou um vídeo no qual dois homens são recebidos com honras por funcionários e algumas imagens de uma mulher com véu, que parece ser Moore-Gilbert, a bordo de um veículo.
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Ela cumpria uma sentença de 10 anos, grande parte dela na notória prisão de Evin, no Irã, e fez várias greves de fome em oposição à sua condenação. Ela disse que seu estado mental estava se deteriorando com o confinamento solitário e a detenção prolongada.
A imprensa iraniana fez muito poucas referências ao seu caso e as informações disponíveis sobre ela vêm de autoridades australianas, sua família e jornais.
Segundo o jornal britânico The Guardian, ela foi presa em setembro de 2018 no aeroporto de Teerã após ter participado de um congresso acadêmico. Em cartas publicadas em janeiro pelo The Guardian e pelo Times, ela dizia ter rejeitado uma oferta dos iranianos para espionar seus serviços.
“O Irã tem usado a tomada de reféns como uma ferramenta de governo por quatro décadas. Os Guardas Revolucionários acreditam que dá resultados”, disse Karim Sadjadpour, um membro sênior do programa para o Oriente Médio no Carnegie Endowment for International Peace.