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Capital tem deficit de 2,1 mil policiais civis

Segurança Púbica. Dados mostram que a cidade de São Paulo tem hoje 7 profissionais trabalhando nas delegacias para cada grupo que deveria ser de 10. Sindicato dos delegados diz que deficiência compromete atendimento e investigação

Os mais de 100 distritos policiais que funcionam sob responsabilidade das 8 delegacias seccionais da capital têm atualmente 2.140 policiais civis a menos do que deveriam.

A diferença entre o número de agentes em exercício e o considerado ideal estão em levantamento realizado pelo Sindpesp (Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo) a pedido do Metro Jornal.

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De acordo com a entidade, a capital tem hoje 4.438 policiais civis, do delegado ao auxiliar de papiloscopista (que trabalha no serviço burocrático), mas deveria ter 6.578 – isso segundo uma resolução do próprio governo, que determina a distribuição dos cargos.

O deficit na ocupação é hoje de 32,5% e está bem próximo da média estadual, que é de 34%. Em números absolutos, o estado tem 27,7 mil policiais em atividade e outras 14,1 mil vagas que deveriam ser preenchidas.

Na capital, o desequilíbrio é maior nos distritos que estão na área da 7ª delegacia seccional (zona leste), que tem apenas 57% das vagas ocupadas e deficit de 43%. Segundo o levantamento, a separação por categoria profissional mostra que a capital precisaria imediatamente de mais 217 delegados e 62 investigadores.

“Além de sobrecarregar os policiais, que chegam a realizar a função que deveria ser feita por 4 pessoas, esse deficit compromete muito a qualidade do serviço de investigação e a segurança pública”, disse a presidente do Sindpesp, Raquel Kobashi Gallinati.

O TCE (Tribunal de Contas do Estado) estudou o deficit de policiais no estado e afirmou em relatório publicado ano passado que o problema “se acentua, principalmente, nas delegacias das regiões periféricas, mais populosas e com maiores índices de crimes graves”. Ainda de acordo com o relatório, “não restou demonstrada a existência de um planejamento do estado para a reposição gradual desses profissionais”.

Outro lado

Questionada pela reportagem, a SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública) afirmou que “investe na valorização, ampliação e recomposição do efetivo policial” e que a capital recebeu neste ano 502 policias após conclusão da formação na academia. A pasta informou que o governo também autorizou a abertura de 2.750 vagas em concursos para a Polícia Civil, sendo 250 delegados, 900 investigadores e 1.600 escrivães.

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