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Biden iniciará transição esta semana, afirma campanha

Próximos passos. Mesmo que o opositor Donald Trump ainda não tenha reconhecido o resultado das eleições norte-americanas, Joe Biden deve iniciar ainda nesta semana planos de transição com a equipe de governo. Cientistas podem ser anunciados hoje

Joe Biden e Kamala Harris Drew Angerer/Getty Images

Diretora-adjunta da campanha do democrata Joe Biden, Kate Bedingfield afirmou ontem que o presidente eleito dos Estados Unidos deverá trabalhar a partir desta semana para iniciar o processo de transição do governo do presidente Donald Trump para sua administração, que deverá acontecer a partir do dia 20 de janeiro de 2021.

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Biden, que alcançou os 270 delegados necessários para a eleição norte-americana durante o fim de semana, deverá anunciar ainda hoje um grupo de cientistas que trabalharão para estabelecer as diretrizes de seu governo para combater a pandemia do coronavírus. Foi o que contou Bedingfield à rede NBC. Segundo ela, “o trabalho começa imediatamente”.

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A diretora-adjunta da campanha democrata à presidência dos EUA reiterou que Biden vai atuar na Casa Branca em benefício de todos os americanos, pois o país demanda o fim de divisões políticas. “O mandato de Joe Biden é para unir o país e baixar a temperatura”, disse. O tom da diretora-adjunta é semelhante ao adotado por Biden durante o discurso da vitória, no sábado, quando afirmou que governará para todos independentemente dos partidos.

Kate Bedingfield destacou que o presidente eleito também trabalhará com  parlamentares republicanos no Congresso a fim de aprovar de forma bipartidária uma série de propostas de sua campanha, inclusive ações substanciais para o combate de mudanças climáticas.

O governo de transição acontece em meio a negações do atual presidente republicano Donald Trump frente ao pleito eleitoral. O repulicano afirmou que irá judicializar o pleito, que foi “fraudado”. Desde a Segunda Guerra Mundial, Trump é o terceiro presidente norte-americano que não conquista a reeleição.

Para a professora de direito internacional da UniCuritiba, Priscila Caneparo, o próximo passo do presidente Trump deve ser provar as alegações de fraude, o que, até o momento, não foi feito. “A própria OEA (Organização dos Estados Americanos) que observou a votação e já denunciou fraudes da eleição venezuelana, por exemplo, não apresentou nenhuma condição de fraude neste cenário”, explicou. 

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