Uma tragédia anunciada: pelo menos desde agosto de 2019 o Ministério da Saúde sabia oficialmente do risco iminente de incêndio no Hospital Federal de Bonsucesso, no Rio de Janeiro. E foi questão de tempo. Ontem, as chamas atingiram um dos prédios da maior unidade de saúde da capital carioca.
Até o fechamento desta edição, duas mortes haviam sido confirmadas: ambas mulheres, de 42 e 83 anos, vieram a óbito durante a evacuação do edifício. Elas estavam internadas em estado grave na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) devido à complicações da covid-19.
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O hospital é um dos principais do Rio de janeiro no atendimento aos contaminados com o novo coronavírus. No momento do incêndio, 23 pacientes com covid-19 estavam na UTI e outros 14 na enfermaria. No total, cerca de 200 pessoas tiveram de ser retiradas do prédio com ajuda de funcionários, familiares e voluntários.
Riscos
Um ofício enviado pelo hospital ao Ministério da Saúde, em 2019, foi assinado pela então diretora da unidade, Cristiane Rose Jourdan Gomes. No documento, foram relatados diversos problemas, como superaquecimento no transformador principal, relé de proteção de temperatura desligado com risco de explosão e completa ausência de um sistema de proteção e combate a incêndios.
De acordo com informações da BandNews FM, a Defensoria Pública da União também alertou para o risco de incêndio no hospital em 2019. O Ministério da Saúde disse que projetos para reformas de urgência estavam em andamento.
O fogo começou no almoxarifado do prédio. No entanto, os resultados da perícia ainda não foram divulgados.