O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), afirmou na terça-feira (13) que decidirá na quinta-feira da semana que vem, dia 22, se vai autorizar ou não a retomada das aulas presenciais nas escolas da capital a partir do próximo dia 3 de novembro.
A decisão, que era esperada para ontem, ficou para a semana que vem porque a prefeitura disse esperar agora pela primeira parcial dos resultados do censo sorológico – que está fazendo testes para a covid-19 em todos as alunos, professores e funcionários da rede pública municipal de ensino.
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As escolas já reabriram desde o último dia 7 de outubro, mas esse retorno, por enquanto, é opcional e prevê apenas a realização de atividades extracurriculares, como reforço escolar, acolhimento e ações esportivas e culturais. As aulas regulares seguem sendo aplicadas só de modo remoto.
“Ninguém aqui discute a importância da educação na vida das crianças, mas a saúde vem em primeiro lugar. Somente quando a vigilância sanitária disser que pode se dar essa retomada é que ela será aprovada”, disse Covas.
Secretário municipal da Educação, Bruno Caetano afirmou que a decisão será baseada em um “contexto de informações”, que levará em conta os resultados do censo sorológico e dos inquéritos sorológicos e também de outros indicadores relacionados à pandemia.
A diferença entre o censo e o inquérito é que o primeiro é mais amplo, e está testando toda a rede (777 mil pessoas), enquanto o segundo é feito por amostragem, com número reduzido de participantes (até 2,6 mil) – e só entre os alunos.
Os dados foram atualizados ontem com a divulgação da quarta fase do inquérito com os estudantes e da sétima fase entre os adultos.
De acordo com o levantamento, 236,8 mil alunos da capital (16% do total), tanto da rede pública quanto privada, já tiveram contato com o novo coronavírus e 65% são assintomáticos.
Os números dos estudantes são mais preocupantes do que os dos adultos, que têm índice de contaminação menor (13,6%) e menos assintomáticos (35,3%).
Prefeito pede calma sobre parques
Reabertos desde 13 de julho, os parques municipais estão funcionando apenas nos dias úteis. A operação também nos fins de semana estava condicionada à entrada da capital na fase 4-verde da quarentena, o que ocorreu na última sexta-feira, mas essa liberação não é automática, segundo o prefeito Bruno Covas, que pediu à população que tenha calma.
A determinação partirá da secretária da Saúde, que antes vai avaliar quais os impactos nos números da pandemia a partir da entrada da cidade nessa etapa mais flexível da quarentena – que liberou o setor cultural e ampliou o funcionamento de comércios e serviços. A decisão sairá dentro de 15 dias.
“São Paulo vem colecionando bons índices, mas é importante lembrar que ainda estamos lutando contra o novo coronavírus. Peço um pouco mais de paciência para as pessoas, todo mundo gosta de frequentar os parques nos fins de semana, mas ainda não é o momento de estimular aglomerações”, disse Covas.