A juíza Amy Coney Barret, indicada por Donald Trump para substituir a cadeira na Suprema Corte da magistrada Ruth Ginsburg, morta no mês passado, afirmou na terça-feira (13) ao Comitê do Senado dos EUA que “não assumiu nenhum compromisso” com a Casa Branca a respeito de assuntos como saúde, aborto e disputa eleitoral.
Considerada ultraconservadora, a magistrada católica fugiu ontem de temas progressistas quando interrogada por senadores democratas. No segundo dia dos questionários que decidirão se ela será confirmada ao cargo, a juíza afirmou que suas opiniões pessoais não terão impacto em decisões na alta corte dos EUA.
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“Os juízes não podem simplesmente acordar um dia e dizer: ‘Eu tenho uma agenda, gosto de armas, odeio armas, gosto de aborto, odeio aborto’, e entrar como uma rainha real e impor sua vontade ao mundo”, afirmou Barret.
Quando questionada sobre o caso Roe v. Wade, que legalizou o aborto em todo o território norte-americano em 1973, a juíza afirmou que não considera o marco como um “super precedente” na legislação do país. Em 2013, em anúncio patrocinado no jornal da Universidade de Notre Dame, Barret teria co-assinado um artigo que afirmava que “nos 40 anos, desde o caso Roe v. Wade, mais de 55 milhões de crianças em gestação foram mortas por aborto”. O episódio foi mencionado na reunião de ontem, mas a juíza afirmou inicialmente que não se lembrava do anúncio. Ela também se recusou a responder se consideraria criminalizar a prática de fertilização in vitro.
Sobre sua opinião a respeito do casamento gay, Barret contornou a pergunta e respondeu que o direito havia sido legalizado em 2015.