Em março, quando as escolas foram fechadas na capital, o sentimento era de apreensão sobre qual o alcance da pandemia e quando haveria a volta às aulas. Quase sete meses depois, os colégios começaram a reabrir na quarta-feira (7) com a mesma sensação, mas dessa vez por não saber se o retorno será sustentado e quando o ano letivo poderá ser retomado presencialmente.
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Com as devidas restrições, as escolas públicas e privadas foram autorizadas a receber alunos para atividades extracurriculares – como reforço, acolhimento e ações culturais e esportivas –, mas ainda não podem dar aulas regulares, que seguem só remotamente.
A definição de quando essas aulas poderão ser dadas novamente em sala deverá ser tomada mês que vem, e vai levar em conta o período de testes iniciado na quarta com a reabertura parcial.
Secretário estadual da Educação, Rossieli Soares disse que a volta é “um passo muito importante” e considerou “extremamente expressivo” o número de escolas estaduais que abriram quarta na capital. Das 1,1 mil unidades, a expectativa era de que 100 seriam abertas, mas o total chegou a 304. Em todo o estado, 904 colégios estaduais funcionaram (16,4% de toda a rede) para quase 200 mil estudantes (pouco menos de 6% de todos os matriculados).
“Vamos lentamente e com segurança acima de tudo. A escola que não estiver preparada, não abrirá. É fundamental observarmos esse retorno para termos confiança.”
Secretário municipal da Educação, Bruno Caetano lembrou que a volta é voluntária e que espera pelo retorno gradativo. Das 4 mil escolas municipais, apenas uma reabriu, e recebeu 19 crianças. “É assim mesmo. Vamos fazer de forma progressiva para dar segurança para toda a sociedade. Estamos convencendo as escolas das medidas e nas próximas semanas teremos mais adesões.”
Nas particulares, a estimativa do sindicato era pela reabertura de 80% da rede na capital, que tem 4,5 mil unidades. As universidades também foram autorizadas a reabrir quarta e já podem dar aulas regulares presencialmente, com restrições.