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Campanha eleitoral no rádio e na TV poderá ser decisiva

Vai começar. Com início na sexta-feira, a partir das 5h, programa eleitoral gratuito deve ganhar destaque diante do atual cenário, diz cientista político

Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Jingles que colam como chiclete na cabeça, candidatos que apelam para o humor em busca de votos e propostas realmente importantes para o futuro das principais cidades do Brasil. Começa na sexta-feira (9), a partir das 5h, o horário eleitoral gratuito na TV e no rádio.

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A campanha funcionará diariamente e de duas formas: em bloco e em inserções (veja mais detalhes no quadro abaixo). O programa terminará no dia 12 de novembro, três dias antes do primeiro turno das eleições para prefeito e vereador.

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Apesar de as redes sociais estarem cada vez mais em alta com a população, inclusive nas questões relacionadas às eleições, a professora do departamento de política da PUC-SP Vera Chaia analisa que a campanha na TV e no rádio poderá ser decisiva, além de resgatar o protagonismo deste tipo de mídia após uma eleição de 2018 com destaque para o conteúdo digital.

Além do cenário de pandemia do novo coronavírus, em que eventos com o público são menos frequentes, existem outros dois principais fatores que podem fazer do horário eleitoral gratuito um diferencial na hora do voto. O primeiro é em relação ao cerco que a Justiça Eleitoral faz atualmente em volta das mídias sociais.

“Há um acompanhamento muito grande das autoridades nas redes, principalmente nos casos de fake news contra adversários e disparo de mensagens por WhatsApp. As regras mudaram de 2018 para cá”, disse a professora em entrevista ao Metro Jornal. Ela desenvolve estudo sobre o tema com o cientista político e coordenador do curso de administração pública da FGV-Eaesp, Marco Carvalho Teixeira. Recentemente, eles lançaram o artigo “A TV recuperou sua importância”.

horário político

O segundo ponto que pode fazer com que o programa eleitoral gratuito seja importante para a definição das eleições é a forma com que os candidatos utilizam as redes sociais. Para a professora, a campanha na TV e no rádio pode atrair mais  os eleitores indecisos.

“O que percebemos é que, nas redes sociais, as pessoas leem aquilo que querem ler. Na TV e no rádio, não. A possibilidade de o telespectador acompanhar mais projetos políticos, apresentações, e diversidade de opinião é maior”, afirmou.

Panorama

Em segundo nas pesquisas, o tucano Bruno Covas é o candidato que tem o maior tempo de TV e rádio na capital paulista. Dos 10 minutos de cada bloco, 3 minutos e 29 segundos serão destinados ao candidato (confira mais detalhes no quadro abaixo).

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