Em queda há mais de um ano, o volume dos reservatórios de água de São Paulo está com nível menor do que a média histórica em todos os sete mananciais que abastecem a capital.
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A chuva passageira e a garoa de domingo (20) não impediram que os medidores registrassem queda em todos as bacias hidrográficas. No acumulado de 12 meses, o volume de água teve queda de 21%, segundo dados da Sabesp, Companhia de Saneamento Básico do Estado. No período, as represas perderam o equivalente a 286 bilhões de litros de água.
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A previsão para esta semana, como destaca Paula Soares, da Climatempo, deve amenizar o estoque. “Na região do Cantereira, por exemplo, a expectativa é de um volume de 30 a 50 milímetros de chuva até o fim desta semana”, adianta.
Em nota, a Sabesp informou que os reservatórios do Sistema Integrado que abastece a Região Metropolitana estão com volume de 51,9% da capacidade, em média. No mesmo dia de 2019, o volume total era de 67,1%. Em 2018, o volume foi de 41,8%.
A Sabesp afirma que a queda no nível das represas «é normal nesta época do ano devido ao período de estiagem e ao volume de chuvas abaixo da média histórica».
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A empresa destaca que a situação não oferece risco ao abastecimento, mas a companhia pede à população que use de forma consciente a água, evitando desperdício.
O coordenador da comissão de Segurança Hídrica da cidade de São Paulo, Marco Palermo, tranquiliza os paulistanos. Segundo ele, para faltar água nos reservatórios seria necessário que não chovesse até o ano que vem.
“Tem um volume acumulado muito superior à demanda de abastecimento. Supondo que não chovesse até o fim do ano, mesmo assim haveria suprimento por muitos meses, muito por causa das medidas tomadas depois da crise hídrica de 2018”, lembra.