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PF corta ‘mesada’ que PCC paga a integrantes

A PF (Polícia Federal) desencadeou segunda-feira (31), segundo suas próprias palavras, “a maior operação de combate a facções criminosas já realizada no país”. O alvo era o PPC (Primeiro Comando da Capital) e, mais especificamente, a rede financeira que permite à quadrilha pagar “mesada” a comparsas que estão presos.

As investigações mostraram que 210 integrantes do alto escalão da facção, recolhidos em presídios federais, recebiam valores mensais por terem ocupado cargos de liderança ou por terem participado de missões como, por exemplo, o assassinato de servidores públicos – que oferece “prêmios” mais elevados.

Para garantir o recebimento da “mesada”, os integrantes indicavam para o depósito dos valores contas correntes de “laranjas”, que não pertencem à facção e colaboravam com a lavagem do dinheiro. Por ordem da Justiça, R$ 252 milhões espalhados nessas contas foram bloqueados.

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Foi para cortar essa rede que a PF destacou 1.100 policiais em 19 estados e no Distrito Federal para cumprir 422 mandados de prisão e 201 de busca e apreensão.

Só na casa de um dos investigados, em Santos (SP), a PF apreendeu ontem R$ 2 milhões e outros 730 mil dólares em espécie – que somam cerca de R$ 6 milhões.

A PF não fez ontem balanço da operação, batizada de Caixa Forte 2. Boa parte dos alvos dos pedidos de prisão já se encontrava na cadeia por outros crimes. Mais do que as detenções, no entanto, o objetivo da ação foi descapitalizar a facção.

“A operação visa quebrar a parte financeira da organização criminosa. Não estamos mais no viés de prender membros de escalões inferiores da organização ou apenas apreender drogas”, disse o delegado e coordenador geral de Repressão a Drogas e Facções Criminosas da PF, Elvis Secco.

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