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Crise da covid-19 levou 4 milhões de brasileiros a pedir empréstimo

Cerca de 4 milhões de famílias brasileiras tiveram pelo menos uma pessoa que recorreu a empréstimos financeiros no mês de julho para encarar a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. O número representa 5,9% dos 68,5 milhões de lares do país. Entre os solicitantes, 3,3 milhões conseguiram a aprovação do crédito – ou oito em cada dez – enquanto para outros 762 mil o pedido foi negado.

Os dados são da edição mensal da Pnad Covid-19 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e foram divulgados ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

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Segundo a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Maria Lúcia Vieira, a maior parte dos empréstimos (75,7%) foi adquirida em bancos ou financeiras.  Outros 23,6% dos empréstimos foram solicitados para parentes ou amigos.

Os mais pobres foram os que ouviram mais recusas. Quase 60% dos que solicitaram o socorro financeiro e não foram atendidos têm renda mensal de até um salário mínimo ou menos.

A região Sul registrou, proporcionalmente, o maior número de famílias que obteve empréstimo (com 5,6% entre todos os domicílios).

Essa foi a primeira vez que a Pnad Covid-19 trouxe dados sobre a aquisição de empréstimos durante o período da pandemia.

Maquininhas vão liberar crédito

O governo federal sancionou a lei que permite aos micro e pequenos empresários tomarem empréstimos de até R$ 50 mil via maquininhas de cartão. O interessado precisa ceder ao banco ou instituição financeira que fez o empréstimo 8% dos direitos creditórios sobre vendas futuras realizadas por meio do aparelho.

O valor do crédito terá como limite o dobro da média mensal das vendas liquidadas por meio de arranjos de pagamentos. A taxa de juros será de 6% ao ano, com prazo de 36 meses para o pagamento, incluído a carência de seis meses inicial.

Os financiamentos só podem ser contratados durante o estado de calamidade, ou seja, até dezembro deste ano.  

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