Os Correios afirmam que é “impossível” atender às reivindicações dos trabalhadores da empresa, que entraram em greve nesta segunda-feira (17) em todos os estados. Segundo a empresa, as reivindicações dos trabalhadores “custariam aos cofres dos Correios quase R$ 1 bilhão – dez vezes o lucro obtido em 2019.
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“Trata-se de uma proposta impossível de ser atendida”, diz a nota. Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares, a paralisação, que começou às 22h de segunda (17), ocorre por tempo indeterminado, em protesto contra retirada de direitos, privatização da empresa e ausência de medidas para proteger os empregados da pandemia de coronavírus.
Os sindicatos dos trabalhadores afirmam também que não houve acordo na proposta de reajuste salarial em curso. Desde o dia 1º de agosto, o atual Acordo Coletivo que estaria em vigência até 2021 foi revogado pela empresa.
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Segundo os sindicatos, foram retiradas 70 cláusulas com direitos como 30% do adicional de risco, vale alimentação, licença maternidade de 180 dias, auxílio creche, indenização de morte, auxílio para filhos com necessidades especiais, pagamento de adicional noturno e horas extras.
Os Correios afirmam que adotaram “medidas de contenção” para economizar R$ 600 milhões no ano, para “zelar pelo reequilíbrio do caixa financeiro da empresa”. Em nota, a empresa afirma que está repensando a “concessão de benefícios que extrapolem a prática de mercado e a legislação vigente”.
A greve dos trabalhadores deve durar até que os Correios apresentem uma proposta que seja aprovada em assembleias da categoria.