Ter escolaridade, alta renda e realizar home office reduzem em até três vezes a chance de se contaminar com o novo coronavírus na cidade de São Paulo, revela a terceira fase de estudo sorológico divulgado na quinta (13) pela prefeitura.
Entre os que trabalham em casa, a prevalência do vírus é de 6%. Já para quem precisa sair ela é de 18,5% e para os desempregados, 12,7%. “Isso revela que quem trabalha se expõe e quem está desempregado sai em busca de emprego. Provavelmente essa é a interpretação que podemos ter”, disse a secretária adjunta de saúde, Edjane Torreão. O secretário Edson Aparecido não participou da apresentação dos dados por suspeita de covid-19, descartada no final da tarde.
De acordo com a testagem em massa na população, os jovens entre 18 e 34 anos são o principal público atingido pela doença, com 17,7% de prevalência.
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“Queria ressaltar a importância da conscientização dos nossos jovens. Volta e meia a gente ainda identifica pancadões, festas irregulares. Aqui tem também principal faixa etária que tem que sair para trabalhar, mas tem a responsabilidade dos jovens para com nossos idosos”, disse o prefeito Bruno Covas.
Os profissionais de saúde visitaram 5.760 domicílios e testaram 2.532 pessoas para a pesquisa, que será realizada até a fase 8 a cada 15 dias para acompanhamento da população. Nessa amostra, a taxa de prevalência da infecção por covid-19 no município ficou em 10,9% da população analisada, com cerca de 1,3 milhão de pessoas com anticorpos para covid-19.
A terceira fase consolidou dados já apurados nas testagens anteriores, como a prevalência da doença na população preta e parda (82% maior do que os brancos) e que vive em regiões mais carentes da cidade.
Trabalho
Dados levantados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em todo o país revelam que 32% dos trabalhadores que estão em home office possuem ensino superior. Entre os sem instrução, essa taxa é de apenas 0,3%.
A estimativa do órgão é que 8,3 milhões de brasileiros estejam trabalhando remotamente, número que vem se reduzindo com a flexibilização nas cidades. Cerca de 700 mil pessoas podem ter retornado ao trabalho presencial entre a primeira e a segunda semana de julho, de acordo com o IBGE.