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Gasolina fica R$ 0,08 mais cara em mês de novas regras

O preço da gasolina vendida nos postos da cidade de São Paulo ficou 2% mais caro nes- te mês em relação ao que era cobrado em julho. Na prática, o reajuste significa R$ 0,08 a mais por litro. O levantamento foi realizado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). A pesquisa é a primeira desde que novas normas para a gasolina entraram em vigor, no dia 3 deste mês, com exigência de produto mais denso e de melhor octanagem. A expectativa era de que a melhora na tecnologia poderia trazer aumento no valor de até R$ 0,10 por litro. O presidente do Regran, um dos sindicatos do comércio varejista de combustível da Grande São Paulo, Wagner de Souza, diz acreditar que a alta neste momento não tenha relação com a melhora na qualidade. “A variação tem a ver com a política de preços da Petrobras.” Presidente do Sincopetro, sindicato que também representa o setor, José Alberto Paiva Gouveia afirma que não há motivos para a nova gasolina ficar mais cara. “O petróleo e o procedimento de fabricação são os mesmos. Então, não há motivo para aumentar o preço. Ainda assim, caso esse reajuste aconteça e fique abaixo dos 5%, ainda será vantajoso”, aponta. De acordo com a Petrobras, a gasolina exigida agora nos postos melhora o consumo entre 4% e 6%, por isso altas de valores nessas faixas ainda compensariam para o consumidor. A empresa afirma que não é possível isolar apenas um fator na hora de analisar a variação de preços. “Os preços de gasolina praticados pela Petrobras têm co- mo princípio o preço de paridade de importação que inclui o valor do produto no mercado internacional acrescido do frete marítimo de longo curso e despesas de internação. Ainda há a influência da taxa de câmbio sobre os fatores dados em dólares. Portanto, há vários fatores que contribuem para formação dos preços no mercado interno, cada um com dinâmica própria e independente”, esclarece o site da empresa sobre o novo combustível. O período avaliado pela ANP mostra alta também no valor do etanol, mas inferior ao praticado na gasolina. Este foi 11° aumento consecutivo dos combustíveis, após uma série de reajustes da Petrobras nas refinarias desde abril. Os preços ao consumidor não baixaram mesmo após corte de 4% na gasolina no fim de julho.

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