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Ricos ficaram ainda mais ricos na quarentena, diz pesquisa

Se para um grupo de 7 milhões de pessoas a crise trazida pela pandemia do novo coronavírus significou ficar sem renda, na outra ponta outros 42 brasileiros viram suas fortunas crescerem em 27%. De acordo com levantamento da ONG Oxfam, os bilionários do país conseguiram elevar seus patrimônios líquidos em US$ 34 bilhões, o equivalente a R$ 175,7 bilhões na cotação do dólar de segunda-feira (27).

O aumento da fortuna ocorreu entre março, início do fechamento dos serviços nas cidades por conta do vírus, e julho. No período, o total das fortunas passou de  US$ 123,1 bilhões em março para US$ 157,1 bilhões.

“A covid-19 não é igual para todos. Enquanto a maioria da população se arrisca a ser contaminada para não perder emprego ou para comprar o alimento da sua família no dia seguinte, os bilionários não têm com o que se preocupar. Eles estão em outro mundo, o dos privilégios e das fortunas que seguem crescendo em meio a, talvez, maior crise econômica, social e de saúde do planeta no último século”, diz a diretora executiva da Oxfam Brasil, Katia Maia.

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Os números utilizados pela instituição são baseados na lista de bilionários da Forbes publicada este ano e no ranking de bilionários em tempo real da revista. A Oxfam, que tem atuação mundial, fez o recorte também para a América Latina e Caribe.

Em toda a região, os 73 bilionários existentes aumentaram suas fortunas em US$ 48,2 bilhões no período. “Isso equivale a um terço do total de recursos previstos em pacotes de estímulos econômicos adotados por todos os países da região”, diz o estudo.

A Oxfam alerta para a necessidade de uma reforma tributária que reestruture “o sistema para torná-lo mais progressivo e indutor da redução das desigualdades”. Entre as propostas sugeridas está a criação de um imposto extraordinário para as grandes fortunas. 

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