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Estudante da PUC-PR cria respirador de baixo custo com peças nacionais

Um aluno de engenharia civil criou, num trabalho desenvolvido desde maio, um respirador emergencial muito mais acessível do que os disponíveis no mercado, com baixo custo e peças totalmente nacionais.

Robson Muniz, estudante da ontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), utilizou uma bolsa de ressuscitação manual, conhecida como “bolsa Ambu”, um motor de vidro elétrico de carro, disponível em qualquer lugar, e peças mecânicas, projetadas de modo a permitir que a máquina seja potente, mas leve.

O custo médio total, de R$ 2,5 mil, é bem inferior ao dos ventiladores mecânicos de preços mais acessíveis, como os adquiridos pelo Ministério da Saúde em abril deste ano, a US$ 13 mil cada, cerca de R$ 69,6 mil em valores atuais.

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O estudante queria desenvolver um produto que pudesse ser montado rapidamente; cada motor, segundo ele, pode ser produzido em menos de uma hora, por apenas uma pessoa.

O respirador foi criado para ser utilizado apenas durante a pandemia, em caráter emergencial, para aliviar a pressão sobre o sistema de saúde.

O projeto foi conduzido com apoio de professores do curso de engenharia, obedecendo requisitos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Nunes ainda aguarda a certificação da entidade, para que possa buscar investidores que possam produzir seu modelo de respirador em escala.

A ideia, segundo ele, é “fazer uma coisa bem acessível que possa servir em postos de saúde, hospitais, no atendimento a pessoas infectadas pela covid-19, desde a unidade de pronto-atendimento até a unidade de terapia intensiva”. Testes foram realizados nos dois hospitais da PUCPR, que são o Universitário Cajuru (HUC) e o Marcelino Champagnat.

O diretor-geral do HUC, Juliano Gasparetto, afirmou que, pelos testes executados, “o aparelho já teria condições de ser utilizado para atender os pacientes infectados pelo novo coronavírus e até em cirurgias”.

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