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Covid-19 ameaça datas festivas até o ano que vem

A Prefeitura de São Paulo deverá nos próximos dias anunciar o que pretende fazer com parte dos grandes eventos festivos da cidade programados até o fim do ano e também para o início de 2021. Como em todo o país, o calendário está ameaçado por conta da pandemia do novo coronavírus.

“Só permitiremos evento que cause aglomeração de milhares ou milhões de pessoas nas ruas quando houver tranquilidade que isso pode acontecer”, afirmou ontem o prefeito Bruno Covas (PSDB).

Os eventos em xeque são: a Parada LGBT e a Marcha para Jesus, programadas para novembro, o Réveillon da Paulista, na virada do ano, e o Carnaval 2021, em fevereiro.

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Os dois primeiros são realizados por entidades, mas com apoio da prefeitura. Os dois últimos são de responsabilidade do município.

Covas disse que o Réveillon exige três meses de preparação enquanto o Carnaval é organizado com seis meses de antecedência.

Embora ainda haja prazo, o prefeito projetou que a definição sobre os eventos poderá ser anunciada nos próximos dias. Um já está decidido: a Virada Cultural, que promove centenas de shows pela cidade, será virtual, em setembro.

Vice-presidente da entidade que organiza a Parada LGBT, Renato Viterbo disse que o martelo será batido semana que vem, mas que “na atual condição, acreditamos que não realizaremos a parada pela segurança da comunidade e dos turistas.”

O cenário de incertezas se repete Brasil afora. As maiores festas juninas do Nordeste foram adiadas ou canceladas. A Arquidiocese de Belém (PA) ainda discute a realização em outubro da grande romaria do Círio de Nazaré enquanto o Amazonas ainda não sabe se fará o Festival de Parintins em novembro.

Uma alternativa para 2021 é fazer um Carnaval fora de época no país inteiro, levando a festa de fevereiro para outra data. A proposta do adiamento conjunto tem a simpatia de prefeituras como as de São Paulo e Salvador (BA). A liga das escolas de samba de São Paulo também é favorável.

Para o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), os grandes eventos só devem ser planejados após a descoberta da vacina anti-covid e da imunização da população.

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