Um dos mais importantes departamentos do Vaticano publicou, nesta quinta-feira (16), novas diretrizes para orientar o combate à pedofilia dentro da Igreja Católica.
O dicastério Congregação para a Doutrina da Fé afirma, no documento, que a disseminação deste tipo de conduta entre membros do clero é «um grave delito que constitui, para toda a Igreja, uma ferida profunda e dolorosa que exige ser curada».
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O documento trata como pedofilia não apenas os casos de violência física, mas também propostas sexuais a menores de idade por meio de mensagens eletrônicas, mesmo que nunca concretizadas.
A orientação determina que tais crimes não sejam punidos simplesmente pela transferência do padre que os cometeu, prática comum na história da Igreja Católica e que, segundo o próprio Vaticano, «criou casos-monstros com pedófilos que repetiam as ações em diversas dioceses».
Entre as principais mudanças de diretriz no combate à pedofilia está «não descartar, a priori, a notícia de delito proveniente de fontes cuja credibilidade pode parecer, em uma primeira impressão, dúbia». Ou seja: denúncias ou suspeitas anônimas não deverão mais ser ignoradas.
Ainda, estas acusações devem ser informadas pela Igreja às autoridades civis, caso isto seja «previsto pelas normativas locais». Caso o corpo clérico não tenha uma estabelecido uma obrigação normativa para a denúncia, o Vaticano pede que as autoridades eclesiásticas as repassem às autoridades civis caso as julguem «indispensável para tutelar a pessoa ofendida ou outros menores de idade».
A Congregação para a Doutrina da Fé manteve a inviolabilidade do segredo da confissão mesmo na revelação de crimes de pedofilia, mas pede que o confessor convença o penitente a admitir sua culpa de outra forma, «a fim de colocar quem é de dever em condições de agir».