A cidade de São Paulo vai demorar até 6 anos para retomar a arrecadação perdida por causa da pandemia. Em entrevista exclusiva a José Luiz Datena na Rádio Bandeirantes, o prefeito Bruno Covas (PSDB) disse ainda que o prejuízo este ano já chega a R$ 9 bilhões.
«O vírus, além de trazer o problema de saúde, traz um problema social e econômico. Isso tem sido em países que fizeram e não fizeram a quarentena, uma retração econômica global, muito prejudicial, ano passado tivemos 80 mil empregos a mais, em 2020 foram 130 mil a menos só no primeiro trimestre. Não vai ser fácil, em 2021 vai ser ainda mais complicado», disse o prefeito.
Apesar do cenário de crise econômica, Bruno Covas descartou aumentar impostos para aumentar a arrecadação municipal, e disse que a cidade de São Paulo cobre o prejuízo com ajuda do governo federal e do Estado.
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«Não temos previsão de criar novos impostos, numa situação como essa em que as pessoas estão vendendo o almoço para comer o jantar você criar um novo tributo, não tem sentido. A gente tem que lidar com a reorganização do orçamento municipal para ajudar empresas e trabalhadores e investir na cidade, com economia criativa, gastronomia, cultura, turismo, e aprofundar a discussão para a retomada», pontuou.
Covas foi perguntado por Datena sobre alguns gastos da prefeitura que acabaram sendo questionados, como quatro dos oito contêineres instalados em cemitérios para o armazenamento de corpos, que não chegaram a ser usados.
Segundo o prefeito, era necessário trabalhar com o pior cenário: “O Poder Público serve para pra você ter um serviço que a gente espera que não seja utilizado. É como o Corpo de Bombeiros. Tomara que a gente não utilize nenhum dia do ano, mas não significa que o bombeiro é inútil”, afirmou.
Cada setor que está aberto na cidade tem um protocolo assinado com a vigilância sanitária, para ser possível abrir os estabelecimentos, sem o risco de uma nova onda da pandemia. Segundo o prefeito, não é interessante que haja um aumento de casos para os donos de comércios, porque sabem que será automática uma nova quarentena, e manter abertos apenas os serviços essenciais.
«Qualquer tipo de problema, o município vai voltar à fase 2, e funcionar mais uma vez só o essencial. Os protocolos são a saída para uma retomada tranquila, de segurança, para os proprietários e clientes, finalizou.
Veja a entrevista completa com o prefeito Bruno Covas: