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As lições de casa do novo (ainda indefinido) ministro da Educação

Futuro ministro da Educação assumirá com demandas urgentes provocadas pela pandemia e também com desafios de médio e longo prazo.

A retomada das aulas, a recuperação do ano letivo, o adiamento do Enem e um novo Fundeb, que é o fundo de financiamento da educação básica, são alguns dos desafios imediatos do futuro ministro da Educação no cenário pós-pandemia.

O posto está vago no país há três semanas, desde a saída de Abraham Weintraub e passando pela gestão relâmpago de Carlos Decotelli, que caiu cinco dias após ser nomeado.

Para especialistas ouvidos pela BandNews FM, além dessas pautas urgentes, a médio e longo prazo, é necessário pensar em universalizar o ensino e valorizar a carreira do professor – temas são bem diferentes da guerra ideológica que vinha sendo travada pelo MEC (Ministério da Educação).

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Diretor de Políticas Educacionais do Todos Pela Educação, Olavo Nogueira Filho disse que uma das demandas do presente é olhar para os quase 10 milhões de estudantes de regiões pobres que não foram alcançados pelo ensino a distância e aumentar a capacidade de dar respostas rápidas em emergências.

Para o futuro, o diretor disse esperar ver o MEC capitaneando um projeto de educação que valorize o professor e torne a carreira mais atrativa. “Nenhum país conseguiu ter um sistema de educação de qualidade sem ter o professor como peça central. Essa é a uma agenda prioritária e que deve ser articulada pelo governo federal.”

Já o professor da USP (Universidade de São Paulo) Mozart Neves afirmou que o novo ministro precisará de liberdade de atuação e também de ser “blindado” para que fique de fora do constante duelo que envolve as diferentes alas do governo.

A aprovação pelo Congresso de um novo modelo para o Fundeb é outro desafio. Dos R$ 248 bilhões investidos nas escolas públicas em 2019, 65% vieram do fundo, que soma contribuições da União, estados e municípios “Dá para fazer mais. Hoje temos muito mais conhecimento sobre as boas práticas na educação”, disse o ex-ministro e professor da USP Renato Janine Ribeiro.

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