A partir do dia 20 de julho, o Instituto Butantan vai começar a testar em humanos uma possível vacina contra a covid-19 – doença causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2). O estudo é realizado em parceria com o laboratório privado chinês Sinovac Biotech.
O processo ocorre após a autorização da Anvisa, concedida na sexta-feira (3). No total, serão 9 mil voluntários, todos profissionais da saúde, que poderão se candidatar a participar, como voluntários, a partir do dia 13 de julho.
Nesta data, também chegam ao Brasil as doses que serão usadas nos testes. Elas serão distribuídas a centros de pesquisa de cinco estados – São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná – e no Distrito Federal. A coordenação da pesquisa será toda do Instituto Butantan.
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Entre as exigências para participar, além da atuação na saúde (como médicos e enfermeiros), é preciso não ter tido infecção prévia por Sars-CoV-2, não participar de outros estudos, não estar grávida ou planejar engravidar nos três primeiros meses de estudo, não ter doenças instáveis que afetem o sistema imune ou alterações que impeçam os procedimentos de estudo, como alterações mentais e distúrbios de coagulação.
O custo desta etapa de testes é de R$ 83,8 milhões, bancado integralmente governo estadual. A expectativa é que a eficácia da vacina seja atestada ou descartada em até dezembro deste ano.
Em todo o mundo, há 136 vacinas em desenvolvimento, com apenas 12 em fase de estudos clínicos – sendo uma delas a do Instituto Butantan em parceria com a chinesa Sinovac Biotech. “Nós torcemos também para que a vacina de Oxford produza resultados e possa ser fabricada para que possamos ter duas vacinas com imunização para os brasileiros”, afirmou o governador João Doria (PSDB).