Um acordo entre o governo dos Estados Unidos e a indústria farmacêutica Gilead Sciences, que tem sede na Califórnia e detém a patente do medicamento, tem dificultado o acesso de outros países ao remdesivir. O remédio, recomendado para pacientes graves com covid-19, teve 100% de sua produção deste mês e 90% da produção dos próximos dois meses monopolizada pelo país norte-americano.
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O remdesivir foi inicialmente produzido para tratar o vírus ebola, cuja epidemia no continente africano durou anos e deixou milhares de mortos. Apesar de surtir pouco efeito contra ebola, o medicamento foi testado com pacientes infectados pelo Sars-Cov-2 e teve resultados promissores.
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No entanto, com o acordo fechado pelo governo americano para garantir acesso ao remdesivir «para todos os estadunidenses que precisarem dele», países fora os Estados Unidos não conseguirão se abastecer com o remdesivir por pelo menos três meses.
Pelo menos dois grandes estudos conduzidos nos Estados Unidos mostraram que o remdesivir reduz o tempo de internação de casos graves do novo coronavírus. Nesta sexta-feira (13), a Comissão Europeia autorizou o uso do remdesivir para tratar pacientes do covid-19 por toda a União Europeia, recomendando sua aplicação em doentes om mais de 12 anos, que estejam com pneumonia e exijam auxílio para respirar.