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Brasil se engaja na busca pela vacina contra a covid-19

Foto ilustrativa/teste coronavírus Divulgação / Josué Damacena / Fiocruz

As vacinas contra a covid-19 estão em testes em todo o mundo, e ainda não há certezas sobre a sua eficácia, mas o Brasil já possui acordos com dois dos desenvolvedores mais avançados nessa “corrida” para produzir e distribuir as doses assim que o seu poder de cura for comprovado.

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Uma das parcerias foi firmada entre o Ministério da Saúde e a Universidade de Oxford, no Reino Unido, e a biofarmacêutica AstraZeneca – que estão trabalhando no projeto de vacina considerado hoje como o mais promissor pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

Os testes, que estão sendo realizados desde a semana passada também em voluntários brasileiros, estão na chamada fase 3, a última antes da aprovação e distribuição.

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O acordo de cerca de R$ 700 milhões com o governo brasileiro prevê a compra de insumos para a produção de 30,4 milhões de doses, que serão distribuídas em dois lotes entre dezembro deste ano e janeiro de 2021.

Segundo o ministério, a vacina só será aplicada após a finalização dos estudos clínicos e a comprovação de sua eficácia. Como a parceria também prevê a transferência da tecnologia, se de fato o antídoto for aprovado, em uma segunda etapa o Brasil irá produzir outras 70 milhões de doses nos laboratórios da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) a partir da “receita” desenvolvida no Reino Unido.

“Caso a vacina se mostre realmente eficaz, o acordo ainda nos coloca a possibilidade de sermos responsáveis pelo fornecimento para a América Latina”, afirmou a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima.

De acordo com o ministério, pessoas idosas, doentes crônicas e profissionais da saúde terão prioridade na imunização quando a campanha for lançada.

Opção chinesa

O outro acordo em busca da vacina foi feito entre o Instituto Butantan, do governo de São Paulo, e a farmacêutica chinesa Sinovac, que também está com testes em estágio avançado de um antídoto contra o novo coronavírus.

A parceria prevê testagem em 9.000 voluntários no Brasil e o fornecimento de doses até o primeiro semestre de 2021, se a imunização se provar segura.

A vacina é chamada de CoronaVac e já foi aplicada com sucesso em 1.000 pessoas na China. Caso aprovada, será feito acordo para a produção em escala industrial com distribuição gratuita pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

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