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Reforma administrativa na capital paulista prevê economia de R$ 130 mi

Por outro lado, população pode demorar para ver investimentos em melhorias na prestação de serviços

Eduardo Tuma (PSDB), presidente da Câmara, garante que todas as privatizações estão encaminhadas Divulgação

A reforma administrativa da cidade de São Paulo extingue órgãos e cargos e prevê uma economia que pode ultrapassar os R$ 130 milhões por ano, mas o projeto tem lacunas e a população pode demorar para ver esse valor sendo investido em melhorias na prestação de serviços.

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O coordenador de gestão de políticas públicas do Insper, André Luiz Marques, por exemplo, considera que o projeto encaminhado pelo executivo aos vereadores está mais para uma “arrumação de móveis” do que, necessariamente, uma reforma.

Ele destaca que os órgãos que constam do projeto, como o Serviço Funerário, a Amlurb e a Autarquia Hospitalar Municipal, serão absorvidos pelas secretarias municipais e a extinção, na prática, só vai ocorrer quando eles forem concedidos à iniciativa privada.

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De acordo com o líder da bancada do PT na Câmara, o vereador Alfredinho, os integrantes da oposição ao prefeito Bruno Covas votaram contra a reforma porque entenderam que, além de este não ser o momento correto para apreciar a proposta, nada garante que as privatizações e concessões sairão do papel.

Por outro lado, o líder do governo, vereador Fabio Riva (PSDB), rebate os argumentos do petista: segundo ele, a reforma é a maior reestruturação administrativa que já houve em São Paulo, facilita as concessões e pode gerar uma economia ainda maior do que a prevista pelo executivo.

Órgãos extintos

O presidente da Câmara, Eduardo Tuma (PSDB), garante que não vai haver inchaço nas secretarias que vão absorver os órgãos extintos pois, de acordo com ele, todas as privatizações estão encaminhadas.

O serviço funerário é o único que, por enquanto, continua funcionando: o órgão não vai ser absorvido por nenhuma pasta e só será extinto quando for concedido à iniciativa privada.

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