As reclamações de clientes de planos privados de saúde têm aumentado ao longo da crise do novo coronavírus. Desde o início de março até o dia 15 de junho, 4.701 queixas relacionadas à pandemia foram registradas na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
O número de reclamações cresce a cada quinzena desde abril. A primeira quinzena de maio registrou 317 queixas; na primeira quinzena de junho, o número saltou para 452.
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Nesta segunda-feira (22), a agência divulgou o segundo Boletim Covid-19, detalhando as queixas, além de informando sobre internações e inadimplência pelos usuários dos planos.
36% das reclamações dizem respeito a exames e tratamento da covid-19, enquanto 21% estão relacionadas a contratos ou regulamentos das empresas. A maioria, 43%, são sobre outras assistências afetadas pela pandemia.
Internações
Ainda segundo o boletim da ANS, o tempo mediano de internação em Unidades de Terapia Intensiva passou para 12 dias em maio, ante 10,9 dias em abril. O aumento elevou o custo por internação de R$ 40.477,00 para R$ 48.150,00, encarecendo em cerca de R$ 300 a diária de cada internação.
Nos leitos comuns, a mediana de dias de internação também subiu, de 5,1 para 5,8 dias. O custo por diária aumentou de R$ 1.611,00 para R$ 1.808,00, e o custo total por internação, de R$ 8.133,00 para 10.393,00.
A taxa de ocupação dos leitos aumentou para 61% em maio, tendo ficado em 45% em abril. Os dados levam em conta informações de 50 operadoras privadas de planos de saúde, com hospitais próprios.
Inadimplência
Ainda, subiu para 15% o percentual de clientes familiares que não pagaram o valor total do plano de saúde em maio, ante 12% em abril. A média também subiu nos planos coletivos. Somados, os dois grupos configuram uma inadimplência geral de 11%.
Estes dados compreendem 102 operadoras de planos privados; estas possuem 74% dos beneficiários totais do país.