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Happy hour dos italianos no pós-quarentena preocupa autoridades

Marco Di Lauro/Getty Images

O «happy hour» virou motivo de preocupação na Itália nos primeiros dias de relaxamento da quarentena imposta pela pandemia do novo coronavírus.

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O governo iniciou na última segunda-feira (18) a maior flexibilização no isolamento desde o início da pandemia, com a reabertura do comércio, de praias, bares, restaurantes, atividades culturais e salões de beleza.

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Mas governadores e até o primeiro-ministro Giuseppe Conte demonstraram preocupação com as aglomerações de pessoas na «movida», palavra espanhola que acabou incorporada ao léxico italiano como sinônimo de vida noturna e «happy hour».

«Agradeço aos italianos, mas ainda não acabou, é bom deixar claro. Não é hora de festa e de movida. Do contrário, a curva [epidemiológica] sobe novamente», disse Conte nesta quarta-feira (20), ao se dirigir a uma idosa que o abordara na entrada do Senado.

«Que ninguém pense que retiramos as regras de precaução», acrescentou. Desde o relaxamento da quarentena, já há registros de aglomerações em bares de cidades de norte a sul da Itália, como Pádua e Palermo.

«Não tenho nada contra a festa, mas proibição de aglomerações e uso de máscaras são condições obrigatórias para a tutela dos cidadãos», disse o governador do Vêneto, Luca Zaia, que ameaçou fechar bares, restaurantes e praias se houver uma nova escalada dos contágios na região.

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O governador também anunciou que sua gestão divulgará um anúncio com regras para o «happy hour». Já o prefeito da província de Benevento, Antonio Cappetta, pediu para os municípios locais proibirem a venda de bebidas alcoólicas após as 23h.

Em Milão, que já havia registrado aglomerações no bairro boêmio de Navigli há duas semanas, o prefeito Giuseppe Sala disse acreditar que os novos episódios são «casos limitados». «Eu fui o primeiro a repreender os jovens e chamar sua atenção, mas a reabertura é um bom investimento para todos», ponderou.

O governo da Itália afirma que o cronograma de reabertura está condicionado à evolução da situação epidemiológica no país, cuja curva apresenta trajetória de queda há mais de um mês. De acordo com a Defesa Civil, a Itália tem cerca de 227 mil casos e mais de 32 mil mortes na pandemia de coronavírus

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