Em entrevista ao canal de notícias CNN Brasil, a atual Secretária da Cultura do Ministério do Turismo no governo federal, Regina Duarte, falou sobre seu desempenho no governo. A ex-atriz também comentou recentes mortes de importantes figuras da cultura brasileira, entre elas a dos compositores Moraes Moreira e Aldir Blanc, do escritor Rubem Fonseca e do ator Flavio Migliaccio.
Questionada sobre sua permanência no cargo, consolidada após reunião com Jair Bolsonaro nesta quarta-feira (6), a secretária confirmou que fica, e sinalizou aceitar cargos cedidos ao maestro Dante Mantovani e o atual diretor da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo – dois nomes aos quais se opunha anteriormente.
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Já quando perguntada pela jornalista Daniela Lima sobre sua escolha em não manifestar, publicamente, lamento pelas mortes ocorridas nos últimos dias, a secretária respondeu: «Eu optei por mandar uma mensagem como secretária para as famílias das pessoas», disse.
Quanto a mensagens públicas, cobradas por parte da classe artística, ela questiona: «Será que eu vou ter que virar um obituário? Entendeu? A Secretaria vira um obituário? Quantas pessoas a gente tá perdendo?».
«O reconhecimento ou existe ou não existe», continuou. «O Aldir Blanc, sabe, eu admiro muito mas eu nunca estive».
«O país está cultuando a memória deles, não precisam da secretária de Cultura», diz. Em seguida, no entanto, ela concede: «Pode ser que eu esteja errando. Não fiz por mal, peço desculpas».
No decorrer da entrevista, a reportagem da CNN Brasil trouxe à tona vídeo enviado pela também atriz Maitê Proença, novamente cobrando manifestações de Regina Duarte sobre as perdas recentes do Brasil – como a de Aldir Blanc, vítima de coronavírus.
A chefe da pasta de cultura, então, pediu para abandonar a entrevista, e acusou a emissora de estar «desenterrando mortos».