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Coronavírus: ‘A hora é de radicalizar’, diz infectologista

francediplomatie/via Fotos Públicas (Jonathan SARAGO)

Se você anda angustiado com a rotina de isolamento social e às vezes se pergunta se tudo isso é mesmo necessário, tenha certeza de que é sim. Que a atitude de cada indivíduo é fundamental para o bem estar de todos.  “É hora de radicalizar, sim”, afirma Ivan Marinho, coordenador de infectologia e clínica médica do Grupo Leforte. “O distanciamento social é a única forma de diluir a doença  no tempo, de atacar a progressão exponencial da contaminação.”

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Embora venha apresentando taxas de letalidade mais baixas do que o H1N1, por exemplo, o coronavírus  é muito mais contagioso. Enquanto a taxa de contágio do primeiro esteja em torno de 1,5, a do Covid-19 tem chegado a 4 – o que significa que cada pessoa impactada pode transmitir o vírus para até 4 pessoas, alimentando uma curva de crescimento exponencial da doença.  Por isso o isolamento social é tão importante: é preciso impedir que as pessoas se transformem em transmissores do vírus.

“A maior parte das pessoas infectadas não ficará mal, terá os sintomas de uma gripe comum”, explica o infectologista. “Mas se um número gigantesco de pessoas ficarem doentes ao mesmo tempo, o sistema de saúde não conseguirá atender  o volume de pacientes que precisará de atendimento hospitalar.”

Segundo o infectologista, os pais têm uma responsabilidade enorme na estratégia de contenção social. Eles precisam orientar crianças e adolescentes e fazer com que os filhos consigam assimilar a realidade que estamos enfrentando – com compreensão da gravidade, mas sem entrar em pânico. Os médicos andam preocupados com o impacto da pandemia na saúde mental das crianças. Não por acaso, organizações como OMS e Unicef divulgar orientações sobre como os pais devem explicar tudo isso aos pequenos. Para quem ainda tem muitas dúvidas, a Canguru News criou uma seção especial “Tudo sobre corononavírus para a família”. Para ler, clique aqui.

Segundo Ivan Marinho, os pais precisam também proteger os parentes que estão nos grupos de risco – as idosos,  os diabéticos, os pacientes oncológicos, os portadores de doenças cardiovasculares e doenças crônicas de modo geral. “Não é hora de fazer festinhas, reuniões. “É hora de colocar o interesse coletivo acima do individual”.

Você tem dúvidas sobre como ajudar parentes do grupo de risco? Ouça o podcast que fala justamente sobre isso, com a participação do infectologista Ivan Marinho e outros três especialistas.

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