Dois desdobramentos na quinta-feira (16) deram novas dimensões para a contaminação envolvendo as cervejas da Backer, em Minas Gerais. A Polícia Civil confirmou duas mortes por intoxicação, o que elevou o número de óbitos para quatro, e o Ministério da Agricultura identificou a presença de substâncias tóxicas em mais seis marcas, o que fez os rótulos contaminados subirem para oito, de 21 diferentes lotes.
Segundo o Ministério da Agricultura, a Backer usou na produção das suas cervejas água que foi contaminada dentro da fábrica por dietilenoglicol e monoetilenoglicol.
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Terceira morte por possível intoxicação por cerveja é confirmada em MG
Substância tóxica contaminou outras seis marcas de cerveja da Backer
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As substâncias são utilizadas em sistemas de refrigeração, mas são tóxicas e não devem entrar em contato com alimentos. A forma como isso ocorreu ainda é investigada.
Inicialmente, havia registro de contaminação nas cervejas Belorizontina e Capixaba. Novas análises realizadas pelo ministério, porém, detectaram a presença dos contaminantes em outras seis marcas: Capitão Senra, Pele Vermelha, Fargo 46, Backer Pilsen, Brown e Backer D2.
A fábrica segue fechada desde o último dia 10 e a ordem é para a retirada de todos os seus produtos do mercado.
Mais dois mortos
A polícia de Minas confirmou que mais duas mortes podem estar associadas ao consumo da cerveja, as de um idoso de 89 anos, morador de Belo Horizonte e que morreu na madrugada de ontem, e a de uma mulher de 60 anos, da cidade de Pompéu, e que morreu no último dia 28.
Além deles, já haviam sido confirmadas as mortes de dois homens, um de 55 anos e outro de 76 anos. Todos foram diagnosticados com síndrome nefroneural, que provoca insuficiência renal. Outros 14 casos estão sendo investigados.
Também ontem, a polícia realizou buscas na sede da empresa que fornecia o monoetilenoglicol para a Backer, que comprou 15 toneladas do produto no ano passado, quantidade considerada acima do normal.