Pesquisa da Rede Lucy Montoro, do governo do estado, mostrou que 100% das vítimas de acidentes com mergulhos em praias, cachoeiras e piscinas, atendidos pela rede de reabilitação em 2019 ficaram tetraplégicos. O estudo foi feito com mais de mil atendimentos.
“Ao mergulhar, de pé ou de cabeça, pode-se ter fratura de vértebras da coluna cervical ou torácica. Essa queda pode causar o desalinhamento da coluna, comprimindo a medula espinhal e causando lesão. Quando [a lesão] pega a [coluna] cervical, ocorre a flexão do pescoço e fratura nesse nível, causando perda de força e movimentos em braços e pernas” disse a médica fisiatra da Rede Lucy Montoro Fabíola Cavalieri.
Segundo a médica, pulos de cabeça, com uso de bebida alcoólica e sem o conhecimento prévio da profundidade de onde se vai pular causam a combinação propícia para lesões. O balanço apontou que 90% das vítimas são homens e 70% dos pacientes têm até 40 anos. “[Isso se deve] por homens e jovens se exporem mais ao risco e fazerem uso maior de bebida alcoólica” conta a fisiatra.
Para Fabíola, o ideal é evitar os saltos. Mas, caso aconteça algum acidente, a médica aconselha tirar a pessoa da água, chamar a emergência e “não mexer ou transportar no próprio carro. A gente pode completar a lesão ao mobilizar”, afirma a médica.