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Governo estuda medidas contra impacto da alta do petróleo no valor do combustível

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse ontem que o governo já vem trabalhando em medidas para não ficar refém dos impactos gerados pelas altas nos preços do petróleo no valor do combustível no mercado interno.

“Já estávamos trabalhando há dois meses em alternativas e instrumentos para utilizar e não sermos afetados por eventuais aumentos no preço de petróleo”, afirmou o ministro, após reunião com o presidente Jair Bolsonaro, o presidente da Petrobras, Castello Branco, e o diretor-geral da ANP (Agência Nacional de Petróleo), Décio Oddone.

A escalada de tensão entre americanos e iranianos no fim de semana levou o mercado de petróleo às alturas. Ontem, o Brent chegou a superar os US$ 70 por barril, mas perdeu força e fechou em alta de 0,45%, a US$ 68,91. Já o WTI avançou 0,35%, a US$ 63,27 por barril.

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Albuquerque não adiantou quais instrumentos estariam em estudo pelo governo. Questionado, o ministro disse que a palavra “subsídio” não seria a adequada para definir o que está sendo avaliado, e que “compensação” poderia melhor explicar o que tem sido discutido.

Sobre ajustes no ICMS, imposto cobrado pelos estados e que representa um terço do preço final dos combustíveis, Albuquerque disse que a questão deve ser discutida no âmbito do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), que reúne os secretários estaduais de Fazenda.

Antes da reunião, Bolsonaro disse que o governo não vai interferir nos preços dos combustíveis. “Políticas semelhantes no passado não deram certo”, repetiu.

Para o presidente, a tendência é que o valor se estabilize.  “Reconheço que o preço está alto na bomba. Graças a Deus, pelo que parece, a questão lá dos EUA e Iraque, (…) o impacto não foi grande. Foi 5%, passou para 3,5%; não sei quanto está hoje [ontem] a diferença em relação ao dia do ataque. Mas a tendência é estabilizar”, disse.

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