Foco

São Paulo vai tapar buracos de rua com giz de cera e termômetro

Dor de cabeça para os motoristas e uma das maiores demandas da Prefeitura de São Paulo, o serviço de tapa-buraco terá de seguir uma cartilha a partir do ano que vem.

O governo municipal publicou no Diário Oficial um manual para a realização dos reparos, que cria regras para todas as etapas: desde a produção do asfalto até o transporte e a execução.

As normas entram em vigor em 1º de março e determinam, por exemplo, que os buracos sejam primeiro vistoriados por técnicos, que irão demarcar a área e definir o tipo de reparo. Na hora de tapar, os caminhões e as equipes deverão ter termômetros para medir a temperatura e garantir que a massa asfáltica seja aplicada no calor adequado.

Recomendados

Secretário de Subprefeituras, Alexandre Modonezi contou que a ideia é que o manual sirva de base para a nova licitação do serviço, que deverá ser lançada até janeiro de 2020.

“A cidade não tinha uma publicação com os critérios objetivos. Com o manual, as regras ficam claras, com todo o passo a passo, e podemos cobrar exatamente como deve ser o tapa-buraco em São Paulo.”

Usinas

O texto determina quais materiais podem ou não ser usados na hora de preparar a mistura e em quais temperaturas

Demarcação

Antes do reparo, um técnico vai inspecionar o buraco e demarcar com tinta, giz ou lápis de cera a área a ser reparada, desenhando quadrados ou retângulos. Se dois

buracos ou mais estiverem a menos de 1,5 metro de distância, será realizado apenas um reparo em toda a área

Compactação

O manual define em dois os tipos de reparo, superficial e profundo, com o grau de compactação específico para cada tipo de via

Caminhões e equipes

Devem ir às ruas com termômetros de haste e a laser para medir a temperatura da massa asfáltica a cada dez minutos. A mistura não deve ser aplicada se estiver a menos de 120ºC. Não serão realizados serviços em dias de chuva ou quando a temperatura ambiente for inferior a 10ºC

Acabamento

O tapa-buraco deve ser realizado de forma que o reparo e o pavimento existente fiquem no mesmo nível, de forma indistinguível. A variação não pode ser maior do que 5 milímetros

‘Buraquês’

Todo buraco pode danificar veículos e atrapalhar o trânsito, mas eles não são iguais. Veja os cinco tipos mais comuns na capital, de acordo com o manual da prefeitura

Couro de jacaré

Conjunto de trincas interligadas sem direções definidas. Comum em asfaltos mais velhos, é provocado pela redução da resistência do revestimento.

Panela

O buraco tradicional. É uma cavidade que se forma na estrutura do pavimento. Pode ter diversas causas, como a falta de aderência entre as camadas.

Desagregação

É a perda de força do revestimento, que se dá por conta da falta de adesão entre o ligante (asfalto) e os agregados (pequenas pedras). Pode revelar falha na massa.

Deformação plástica

Comum onde passam ônibus e caminhões, é um deslocamento dos asfalto, formando ondas. Também influenciado pelo calor, ocorre em áreas de frenagem e aceleração.

Afundamento severo

Deformação do pavimento em função da consolidação irregular de uma ou mais camadas ou decorrente da ruptura do subleito (terreno natural, debaixo do asfalto).

Tags

Últimas Notícias


Nós recomendamos