Quem passa pela avenida 23 de Maio já consegue perceber: os jardins verticais instalados nas paredes que margeiam a via estão se recuperando.
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Em julho, a empresa Era Técnica Engenharia assumiu a manutenção, depois de vencer licitação, por R$ 106.980 por mês. O contrato prevê limpeza e troca de mudas, substituição de bombas queimadas e furtadas, além de manutenção no sistema de irrigação. De lá para cá, 80% da área de 10.185 m2 de jardins foi recuperada.
Os muros recebem mudas de 30 espécies, incluindo folhagens e flores. Há, por exemplo, aspargos, brilhantinas, cebolinhas, íris da praia, lírios, com trechos coloridos de roxo pelas trapoerabas e de vermelho pelas iresines –conhecida como “coração magoado”. As plantas são irrigadas por pequenos gotejadores.
Metro Metro
Mas a volta é boa para a cidade? O biólogo Maurício Lamano diz que sim, pois ele funciona como filtro de poluentes e diminui a temperatura média do ar, reduzindo efeitos de grandes amplitudes térmicas.
O estagiário Gustavo Luz, 24 anos, trabalha em um prédio ao lado da 23 de Maio. Ele disse que gostava dos grafites que havia em parte dos muros –cobertos em 2017 pelo então prefeito João Doria (PSDB), que mandou instalar jardins no lugar–, mas aprecia também a vegetação. “A cidade fica mais bonita, mais agradável”, afirmou.
No Minhocão, retirada é aguardada
Enquanto na avenida 23 de Maio os jardins verticais são recuperados, nos prédios ao lado do Minhocão o caminho é inverso.
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Um dos mais “famosos” jardins verticais instalados por ali forma uma carranca e está no edifício Santa Filomena. Mas ele está totalmente seco. O síndico do condomínio, Marco Antonio Mendo, desligou a irrigação. “Não tem mais manutenção. Estava com muito mato, atraía bichos. Mesmo seco, têm aparecido aranhas”, afirmou.
O próximo passo é a retirada: o condomínio aguarda uma posição até o final do mês para ver tirado o jardim de sua empena cega.