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Protestos no Chile somam sete mortos e mais de 1,4 mil detidos

O que começou como marchas pacíficas contra o aumento na passagem de metrô se tornou a maior onda de manifestações em décadas no Chile. Sete pessoas morreram em dois incêndios durante protestos violentos pelo país. Em todo o Chile, 1.462 pessoas foram detidas, sendo 614 na capital e 848 no restante do país.

Pelo segundo dia, autoridades decretaram toque de recolher no país, adiantando o início da medida para as 19h, em meio ao “estado de emergência” em cinco regiões do país. O governo chileno mobilizou 9.500 integrantes das Forças Armadas para atuar contra saques. Santiago não era patrulhada por soldados desde o fim da ditadura de Pinochet, em 1990.

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O país amanheceu com praticamente todo o comércio fechado, voos cancelados no aeroporto e ruas vazias, após os protestos iniciados na sexta-feira. O centro de Santiago virou um cenário de destruição: semáforos no chão, ônibus queimados, lojas saqueadas e destroços nas ruas. Quase 80 estações do metrô foram atacadas e algumas foram totalmente destruídas, causando um prejuízo estimado em US$ 300 milhões. Universidades e escolas suspenderam as aulas de hoje.

O presidente chileno, Sebastián Piñera, suspendeu no sábado a alta da passagem de metrô que detonou os protestos. Aos gritos de “basta de abusos” e com o lema que dominou as redes sociais “#ChileAcordou”, manifestantes também passaram a criticar, porém, o modelo econômico do país em que o acesso à saúde e à educação é praticamente privado, com elevada desigualdade social, valores de pensões reduzidos e alta do preço dos serviços básicos.

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